Josias de Souza

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Opinião

Em meio ao desastre gaúcho, Lula lembra do plano de prevenção

Há duas formas de negligenciar a emergência climática. Uma é o negacionismo em estado bruto. Outra é a inconsciência consciente dos que anunciam planos de prevenção contra o Apocalipse do clima em meio a cada novo fim de mundo.

Na sua segunda visita ao desastre climático do Rio Grande do Sul, no domingo, Lula prometeu criar um "plano de prevenção de acidentes climáticos". Num instante em que os mortos já eram contados em 78, disse que "é preciso que a gente pare de correr atrás da desgraça", antecipando-se aos desastres.

O tema da prevenção começou a ser discutido antes da posse de Lula, ainda na fase de transição de governo. A ideia é apressar adaptações em cerca de 1.942 munícipios mais suscetíveis a desabamentos, enchentes e secas.

Stanislaw Ponte Preta ensinou que a consciência é como a vesícula. A gente só se preocupa com ela quando começa a doer. Depois de sobrevoar o desastre gaúcho, Lula parece ter sentido uma dor na consciência.

Já é alguma coisa. Mas o plano de adaptação climática só sairá do papel se a prioridade evoluir do gogó para os orçamentos da União, dos estados e dos municípios.

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Texto em que o autor apresenta e defende suas ideias e opiniões, a partir da interpretação de fatos e dados.

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do UOL.

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