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Viagem de Temer e ministro do PSDB a Caruaru é adiada mais uma vez

Viagem de Temer a Caruaru foi adiada pela segunda vez - Dida Sampaio/Estadão Conteúdo
Viagem de Temer a Caruaru foi adiada pela segunda vez Imagem: Dida Sampaio/Estadão Conteúdo

Luciana Amaral

Do UOL, em Brasília

20/07/2017 18h19Atualizada em 20/07/2017 18h24

A viagem do presidente da República, Michel Temer (PMDB), junto ao ministro das Cidades, Bruno Araújo (PSDB), a Pernambuco, foi adiada mais uma vez e agora não tem data para acontecer. Eles iriam para Caruaru na próxima terça-feira (25) para entregar o primeiro lote do Cartão-Reforma, programa habitacional do governo federal.

No entanto, no mesmo dia ocorrerá um congresso com prefeitos em Olinda promovido pela Associação Municipalista de Pernambuco na mesma data. Segundo apurou o UOL, para que nenhum dos dois eventos sejam esvaziados devido à “concorrência”, optou-se por adiar novamente a viagem presidencial.

É a segunda vez que a partida da comitiva para Pernambuco é adiada em menos de uma semana. Inicialmente programada para a última quarta-feira (19), a viagem foi cancelada um dia antes, por motivos de logística, como alegou o Planalto, e transferida para o dia 25.

A viagem de Temer para Caruaru é vista como um gesto de aceno para o PSDB, que vive um racha interno entre os que apoiam a permanência da sigla no governo e os que pedem um desembarque imediato. O Ministério das Cidades, inclusive, é uma das pastas mais visadas por partidos do chamado Centrão, que têm cobrado mais cargos e atenção de Temer por terem rejeitado a denúncia contra ele apresentada pela PGR (Procuradoria-Geral da República) na Câmara.

Segundo assessores do presidente, porém, não serão feitas mudanças nos ministérios até a votação da denúncia no plenário da Câmara, prevista para 2 de agosto, segunda sessão após o fim do recesso parlamentar. Isso porque, apesar das divergências internas, o PSDB tem uma bancada de 46 deputados.

Cartão-reforma

O programa do cartão-reforma foi anunciado e editado por meio de Medida Provisória em novembro do ano passado em evento no Palácio do Planalto. A sanção após a tramitação no Congresso Nacional se deu em abril. O programa é voltado para famílias com renda mensal de até R$ 2.811.

Por meio do cartão-reforma, cidadãos indicados pelas prefeituras poderão receber até R$ 9.646 para realizar reformas em suas residências. Toda a compra de material de construção terá de ser feita em lojas previamente cadastradas pelo governo.

A expectativa do governo é que 170 mil famílias sejam atendidas até o final de 2018.