Temer recebe alta hospitalar em São Paulo
O presidente Michel Temer, internado no Hospital Sírio-Libanês, região central de São Paulo, desde quarta-feira (13), recebeu alta hospitalar por volta das 10h40 desta sexta-feira (15) e deixou o hospital, de helicóptero, por volta das 11h05, rumo ao aeroporto de Congonhas, na zona sul da cidade.
Segundo boletim médico, o presidente "pode voltar às suas atividades normais". De Congonhas, o peemedebista vai direto a Brasília para participar da cerimônia de posse do deputado Carlos Marun (PMDB-MS) na Secretaria de Governo, agendada para as 15h.
O presidente vinha sentindo desconforto para urinar ao longo das últimas semanas e passou por uma intervenção cirúrgica na uretra, canal por onde passa a urina, devido a problemas urológicos. Nos últimos meses, ele teve outros problemas de saúde semelhantes.
- Médico diz que estendeu internação de Temer por questão de "segurança"
- Por internação de Temer, posse de Carlos Marun como ministro foi adiada
- Nova cirurgia urológica de Michel Temer não teve complicações
O presidente terá de usar uma sonda na uretra por um período de duas a três semanas, informou a equipe médica do peemedebista.
A previsão inicial era de que Temer tivesse alta ainda nesta quinta, mas o Palácio do Planalto ressaltou que a recuperação poderia levar até 48 horas. A equipe médica informou que a permanência do presidente no hospital foi por segurança.
O Planalto afirmou ainda que o presidente, por recomendação médica, terá de adiar a viagem que faria à Ásia em janeiro.
Histórico de problemas médicos no ano
Em 25 de outubro, mesmo dia em que o plenário da Câmara votava a segunda denúncia contra ele apresentada pela PGR (Procuradoria-Geral da República), o presidente foi internado em um hospital militar em Brasília após dificuldades para urinar.
Na época, ele passou por sondagem vesical de alívio por vídeo. O procedimento buscava esvaziar a bexiga e consistia em inserir um fio com uma microcâmera na uretra por meio do pênis. Dois dias depois, viajou para São Paulo e passou por cirurgia de raspagem de próstata.
O cardiologista Roberto Kalil e o urologista Miguel Srougi explicaram nesta quinta-feira (14) que a internação do presidente de Temer foi esticada em um dia por questão de "segurança".
"Foi uma segurança [ficar um dia a mais]. Ele toma remédio para deixar o sangue mais fino, por causa da angioplastia. Esses remédios podem aumentar o risco de sangramento. Por coerência, ele fez esse procedimento, colocou uma sonda, mais para observar um sangramento no período pós-cirúrgico", afirmou Kalil.
"Ele poderia ter ido embora, estava super bem, mas foi um passo de segurança mesmo", complementou o médico. O presidente vai fazer uso de sonda entre duas e três semanas para impedir o fechamento da uretra. "Ele é uma pessoa saudável. Foram coisas pontuais que foram resolvidas", disse Kalil.
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