Nomeação de filha para Ministério do Trabalho é "resgate do nome da família", diz Jefferson
O presidente do PTB, Roberto Jefferson, disse nesta quarta-feira (3) que a nomeação de sua filha, a deputada federal Cristiane Brasil (PTB-RJ), para a chefia do Ministério do Trabalho representa um “resgate do nome da família”. Delator do mensalão, em 2005, Jefferson ficou marcado como pivô do escândalo político e chegou a ser condenado e preso.
“Cristiane é muito capaz, é uma gestora pública e é muito preparada: não só é formada em gestão pública, como foi secretária municipal no Rio nas gestões de Eduardo Paes [PMDB] e César Maia [DEM]”, afirmou Jefferson.
“Ela não será candidata nas eleições do ano que vem e cumprirá o mandato de ministra até o fim. Para mim, é um orgulho muito grande essa nomeação, é um resgate do nome da família --confio plenamente na capacidade de ela trabalhar”, completou.
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Jefferson falou ao UOL logo após a reunião com o presidente Michel Temer (PMDB) e o ministro-chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha, sobre a indicação para a pasta.
De acordo com ele, o próprio Temer sugeriu o nome da deputada ao analisar que, dentre os quatro nomes sugeridos por Jefferson, não constava o dela.
“Tínhamos quatro nomes: a possível volta do Ronaldo Nogueira (RS), o Alex Canziani (PR), Sérgio Moraes (RS) ou o Josué Bengtson (PA). Então, o presidente me perguntou: ‘Por que não a Cristiane?’ Eu não a tinha consultado: liguei na hora para ela, que aceitou, e então nós [Jefferson, Padilha e Temer] consultamos o Jovair Arantes [de GO, líder do PTB na Câmara dos Deputados], que consentiu. Foi um acordo entre o presidente, o partido e a liderança”, definiu.
Votou por impeachment e rejeitou denúncias contra Temer
Nascida em Petrópolis (RJ), Cristiane Brasil, 44, cumpre atualmente o primeiro mandato como deputada federal. Ela foi eleita em 2014 com 81.617 votos.
Na disputa presidencial daquele ano, Cristiane apoiou o senador Aécio Neves (PSDB) para o Palácio do Planalto. No dia da votação do segundo turno, a deputada recém-eleita chegou a ser detida por boca de urna no Rio de Janeiro.
Assim como o pai, Cristiane defendeu o impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff (PT). Presidente do partido em 2016, Jefferson foi um dos políticos apoiadores para que o então vice-presidente Temer assumisse o lugar de Dilma. "Homem sério e equilibrado", afirmou, à época.
Cristiane se manteve como apoiadora de Temer no momento de maior turbulência do mandato do presidente. A deputada votou a favor da rejeição das duas denúncias apresentadas pela PGR (Procuradoria-Geral da República) contra o peemedebista. Ela também foi fiel a Temer na defesa da reforma trabalhista.
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