Em 1º dia após alta, Lula recebe visitas de ministros
O presidente Lula (PT) recebeu a visita de ministros em em sua casa em São Paulo, nesta segunda (16), primeiro dia após ter alta hospitalar.
O que aconteceu
Fernando Haddad (Fazenda) falou de medidas fiscais com presidente. O ministro tratou da reforma tributária e do pacote do corte de gastos, que dependem de aprovação no Congresso.
Rui Costa (Casa Civil) e Alexandre Padilha (Relações Institucionais) chegaram na casa de Lula no período da tarde. O presidente também recebeu médicos da equipe do hospital Sírio-Libanês, como a infectologista Ana Helena Germoglio.
Lula pretende fazer reunião ministerial na próxima sexta-feira (20), em Brasília. O retorno dele à capital federal já estava previsto para quinta (19). Segundo Padilha, o encontro deve tratar da reforma ministerial planejada pelo presidente. A data exata da reunião vai depender dos resultados dos exames, disse o ministro. Rui Costa saiu da visita sem falar com a imprensa.
Haddad e Padilha comemoraram a recuperação de Lula. "Confesso a vocês que me surpreendi com a disposição do presidente. Está muito tranquilo. Está bem corado, está bem tranquilo", disse o ministro da Fazenda.
Buzinas contra e a favor do petista. Durante o dia, carros com apoiadores e críticos ao presidentes passaram buzinando ou gritando em frente a casa de Lula, localizada no Alto de Pinheiros, bairro de alto poder aquisitivo na capital paulista. "Lula na cadeia", disse um dos motoristas. "Melhor presidente", falou outro.
Lula recebeu alta após passar por uma cirurgia de emergência no crânio. Ele ficou internado no Sírio-Libanês por seis dias e passou também por um procedimento complementar para bloquear o fluxo de sangue.
A previsão é que o presidente fique em São Paulo até quinta-feira (19). Lula fará uma tomografia na capital paulista nesta semana ainda antes de voltar para Brasília. Durante a internação, o petista não tirou licença e sancionou leis digitalmente do hospital.
Sem estresse
O presidente teve alta do hospital Sírio Libanês, em São Paulo, no domingo (15). Ele estava internado desde a última terça (10), quando teve de fazer uma cirurgia de emergência para conter um sangramento intracraniano.
A agenda segue indefinida. Ele está liberado para fazer reuniões e atividades que não incluam esforço físico, mas tem de ficar em São Paulo até quinta-feira (19). Ainda não se sabe quando ele volta para Brasília e nem quando ocorrerá a reunião ministerial de fim de ano, então marcada para quinta.
A recomendação médica é que Lula desacelere. Em entrevista sobre a liberação, Roberto Kalil, médico pessoal do presidente, disse que Lula terá restrição de atividades físicas pelos próximos 15 dias, mas poderá "passear" e "trabalhar normalmente", mas de casa.
A cognição e a memória [do presidente] estão perfeitas, não teve nenhum problema. Então, ele pode continuar com as atividades. Só haverá restrição, evidentemente por coerência, da quantidade de atividades. Nesses 15 dias, serão com um pouquinho de mais cuidado. Ele pode fazer reuniões, mas dentro de uma coerência, dentro do protocolo de um paciente que sofreu uma hemorragia, que foi operado.
Roberto Kalil, médico de Lula
A preocupação não é à toa. Após o acidente, no final de outubro, Lula teve uma agenda intensa: sediou o G20, no Rio, com dezenas de encontros bilaterais, foi ao Uruguai para a cúpula do Mercosul e manteve a rotina de trabalho de oito a dez horas no Planalto. O máximo a que se permitiu foi faltar aos Brics, na Rússia, e à COP29, no Azerbaijão.
Newsletter
PRA COMEÇAR O DIA
Comece o dia bem informado sobre os fatos mais importantes do momento. Edição diária de segunda a sexta.
Quero receberAuxiliares dizem esperar que, desta vez, ele diminua o passo. O presidente é conhecido pela hiperatividade e por uma certa resistência em aceitar os sinais da idade. Para isso, dizem contar com uma ajuda da primeira-dama Janja da Silva.
Deixe seu comentário
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Leia as Regras de Uso do UOL.