Justiça aceita denúncia e Cabral vira réu pela 21ª vez na Lava Jato
O ex-governador do Rio de Janeiro Sérgio Cabral (PMDB) tornou-se réu pela 21ª vez, nesta quarta-feira (31), no âmbito da Operação Lava Jato. Preso desde novembro de 2016, o político já foi condenado em quatro ações penais pela Justiça Federal do Rio e do Paraná. As penas já aplicadas somam 87 anos de prisão.
A nova acusação, por lavagem de dinheiro, foi aceita pela magistrada Caroline Figueiredo, que substitui o juiz Marcelo Bretas à frente da 7ª Vara --ele está de férias. Além de Cabral, o processo tem outros seis réus.
A investigação da força-tarefa da Lava Jato no RJ diz respeito a um suposto esquema de lavagem de dinheiro de corrupção a partir de contratos para prestação de serviços fictícios. Trata-se de um desdobramento a partir de informações obtidas nas operações Mascate, Eficiência e Calicute.
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O MPF (Ministério Público Federal) narra que recursos de propina eram injetados em espécie na contabilidade de concessionárias automotivas do Grupo Dirija, que posteriormente contratava serviços de consultoria e de advocacia que nunca foram realizados.
No total, o esquema teria proporcionado a lavagem de quase R$ 10 milhões. A maior parte (cerca de R$ 7 milhões) por meio de contas em nome da Gralc --que depois passou a se chamar LRG Agropecuária e pertence a Carlos Miranda, apontado como operador financeiro e "gerente da propina" de Cabral. Miranda não foi denunciado por ter firmado acordo de colaboração premiada.
Os outros seis denunciados são Ary Ferreira da Costa Filho, Sérgio Castro de Oliveira, Gladys Silva Falci de Castro Oliveira, Sonia Ferreira Batista, Jaime Luiz Martins e João do Carmo Monteiro Martins.
Em nota, o advogado de Sérgio Cabral, Rodrigo Rocca, afirmou que a denúncia "recicla material" usado em outros processos para chegar ao ex-governador com base "exclusivamente em artifícios teóricos e nas palavras de delatores".
"Sérgio Cabral nunca teve qualquer relação com as empresas ou com as operações financeiras nela descritas, não havendo um só indício da sua participação nos fatos investigados", disse o advogado.
Em 18 de janeiro, Cabral foi transferido para o Complexo Médico de Pinhas, no Paraná, por decisão da Justiça Federal. A decisão foi tomada porque, de acordo com o Ministério Público do Estado, o ex-governador teria usufruído de privilégios no sistema prisional fluminense.
O UOL não conseguiu contato com os demais réus na ação penal.
(Com Agência Brasil)
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