Garotinho recebe alta de hospital após exames não detectarem problemas
Após a realização de uma segunda bateria de exames, o ex-governador do Rio Anthony Garotinho, 57, recebeu alta na tarde desta quinta-feira (22). Ele estava internado no CTI (Centro de Tratamento e Terapia Intensiva) do hospital Quinta D’Or, na zona norte do Rio, desde a noite de quarta. Ele chegou à unidade reclamando de dores no peito. No entanto, segundo o hospital, todos os exames realizados no paciente não apontaram alterações.
Garotinho foi submetido a exames que apresentaram resultados normais.
Em novembro de 2016, Garotinho foi submetido a um cateterismo no mesmo hospital. Na ocasião foi diagnosticada uma obstrução em ramo da coronária direita, que foi tratada com angioplastia e implante de “stent”.
A operação foi feita dias depois da prisão do ex-governador pela Polícia Federal sob suspeita de compra de votos através da distribuição do cheque-cidadão em Campos dos Goytacazes, no norte fluminense. O ex-governador negou envolvimento no caso e teve a prisão revogada dias depois.
Um ano mais tarde, o ex-governador e a mulher, Rosinha Mateus (PR), foram presos pela Polícia Federal por suspeita de financiamento de campanha e cobrança de propina.
Os dois ocuparam a Cadeia Pública José Frederico Marques, em Benfica, na zona norte, onde Garotinho afirmou ter sido agredido. Após relato de agressão, ele foi levado para o presídio de Bangu, na zona oeste.
O ex-governador foi solto em dezembro por uma decisão do ministro Gilmar Mendes. O ministro considerou que a Justiça Eleitoral do Rio de Janeiro não indicou nenhuma conduta de Garotinho que revele tentativa de cometer novos crimes, prejudicar a investigação ou fugir, condições para que se decrete uma prisão preventiva – imposta antes de qualquer condenação.
Rosinha havia deixado a prisão um mês antes. Ela foi beneficiada por um habeas corpus concedido pelo Tribunal Regional Eleitoral.
Casal é investigado
De acordo com informações da PF, o casal é investigado pelos os crimes de corrupção, concussão (quando o agente público comete crime de extorsão), participação em organização criminosa e falsidade na prestação das contas eleitorais.
Segundo os investigadores, "uma grande empresa do ramo de processamento de carnes" (a JBS) firmou contrato fraudulento com uma empresa sediada na cidade de Macaé, no norte fluminense, para prestação de serviços na área de informática.
Um dos delatores da JBS, o executivo Ricardo Saud, disse, em depoimento prestado em agosto, que houve um repasse de R$ 2,6 milhões a Anthony Garotinho.
Na época, a assessoria de imprensa de Anthony Garotinho negou as acusações e atacou adversários políticos. Em nota, Garotinho atribuiu a prisão "a mais um capítulo da perseguição que vem sofrendo desde que denunciou o esquema do governo Cabral”
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