Temer marca para segunda posse de novos ministros dos Transportes e da Saúde
O presidente Michel Temer (MDB) dará posse nesta segunda-feira (2) para os novos ministros de duas pastas. Haverá também troca no comando da Caixa Econômica Federal. A informação foi confirmada pela assessoria de imprensa do Planalto.
Valter Casimiro Silveira, que ocupava o cargo de diretor-geral do DNIT (Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes), será o novo ministro dos Transportes, Portos e Aviação Civil. O ex-ministro Maurício Quintella (PR) anunciou que deixaria o governo para disputar uma vaga no Senado. Ele foi exonerado do cargo nesta sexta (30).
Já na pasta da Saúde, tomará posse como ministro o atual presidente da Caixa, Gilberto Occhi. O então ministro Ricardo Barros (PP-PR) também pediu exoneração para poder concorrer nas eleições deste ano. Barros disputará o cargo de deputado federal.
Com isso, o novo presidente da Caixa será Nelson Antônio de Souza, que atualmente ocupa o cargo de vice-presidente de habitação.
A cerimônia será realizada no Palácio do Planalto, às 10h30 desta segunda.
Pelo menos outros oito ministros deverão ainda se descompatibilizar dos cargos até 7 de abril, prazo máximo estabelecido pela lei eleitoral para participar do pleito de outubro. São eles: Fernando Coelho Filho (Minas e Energia), Helder Barbalho (Integração Nacional), Henrique Meirelles (Fazenda), Leonardo Picciani (Esporte), Marx Beltrão (Turismo), Mendonça Filho (Educação), Osmar Terra (Desenvolvimento Social) e Sarney Filho (Meio Ambiente).
Operação Skala
As trocas de comando nos ministérios acontecem em meio a um momento conturbado para Temer, desgastado politicamente pela repercussão da Operação Skala. Deflagrada na última quinta (29) pela PF (Polícia Federal), a operação prendeu amigos e assessores próximos ao presidente --entre eles, o advogado e ex-assessor José Yunes e o coronel da PM João Baptista Lima Filho.
As prisões aconteceram como resultado do chamado inquérito dos Portos, que tramita no STF (Supremo Tribunal Federal) e apura suspeitas de que Temer recebia vantagens indevidas de empresas do setor portuário. Em troca, ele as beneficiaria por meio de leis e medidas provisórias.
Relator do inquérito, o ministro do STF Luís Roberto afirmou em seu despacho que há suspeitas de que o esquema do qual Temer se beneficiaria estaria em funcionamento há pelo menos 20 anos.
O Planalto criticou a operação da PF e disse que há uma "tentativa de destruir a reputação do presidente Michel Temer". Temer já foi alvo de outras duas denúncias que tiveram andamento suspenso por decisão da Câmara dos Deputados.
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