Ministros não comentam demissão de Parente; saída não estava "sequer na pauta de análises"
Os ministros da Casa Civil, Eliseu Padilha, e da Secretaria de Governo, Carlos Marun, se recusaram a comentar a demissão do presidente da Petrobras, Pedro Parente, nesta sexta-feira (1º). Mais cedo, Parente se reuniu com o presidente da República, Michel Temer (MDB), no Palácio do Planalto, onde entregou sua carta de demissão.
Padilha e Marun participaram de coletiva após reunião do chamado “gabinete de acompanhamento da normalização do abastecimento”, formado durante a crise da greve dos caminhoneiros. Questionados insistentemente pela imprensa, tanto Padilha quanto Marun –dois dos principais auxiliares de Temer, sendo este último responsável pela articulação política do Planalto com o Congresso Nacional– se negaram a responder sobre a saída de Parente da Petrobras.
Na última segunda-feira (28), ainda durante a greve de caminhoneiros, Eliseu Padilha afirmou não estar "na pauta sequer analisar a possibilidade de Pedro Parente deixar de ser presidente da Petrobras”, como defendia parte de políticos da base aliada e da oposição.
A reunião de Michel Temer com Pedro Parente no Planalto aconteceu por volta das 11h, e foi marcada na quarta (30), segundo a agenda oficial da Presidência divulgada na data. Desde a semana passada, o governo federal vinha defendendo a permanência de Parente na estatal.
Diante dos jornalistas nesta sexta, Padilha afirmou que a demissão de Parente está sendo tratada pelo presidente. "A questão Petrobras e Pedro Parente é uma questão que está sendo tratada pela Presidência da República e qualquer comentário nosso sobre esse tema só poderia prejudicar essa tratativa nesse momento. Portanto, pedindo escusas, nós vamos remeter à Presidência da República essa questão", disse.
Até o momento, a Presidência da República não se pronunciou sobre a demissão do presidente da estatal.
Ao ser questionado se a demissão de Parente pegou a cúpula do Planalto de surpresa, Padilha também se recusou a comentar. Eles ainda se recusaram a falar sobre como fica a política de preços da Petrobras. O tema havia sido tratado ao longo de toda a semana nas coletivas.
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