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Dilma falta a audiência com Moro e juiz remarca depoimento para agosto

Miguel Schincariol/AFP
Imagem: Miguel Schincariol/AFP

Do UOL, em São Paulo

29/06/2018 16h58

O juiz federal Sergio Moro, responsável pelos processos em 1º instância da Operação Lava Jato, remarcou nesta sexta-feira (29) o depoimento da ex-presidente Dilma Rousseff (PT) como testemunha da defesa do também ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Em razão de compromissos da pré-campanha da petista ao Senado, a defesa de Lula alegou que ela não poderia comparecer a audiência desta sexta.

Em termo de audiência, Moro afirmou que Dilma poderá ser ouvida como testemunha, por videoconferência, em 9 de agosto. Ela poderá escolher entre unidades da Justiça Federal do Rio de Janeiro e São Paulo.

A defesa de Lula informou às 22h de quinta que Dilma não poderia prestar o depoimento devido a "inadiável compromisso profissional".

Após reunião com petistas em Belo Horizonte, Dilma confirmou nesta quinta (28) que irá se candidatar ao Senado por Minas Gerais. Foi a primeira vez que a petista falou como pré-candidata, desde que transferiu, em abril, o domicílio eleitoral para o estado onde nasceu.

"Não vou me furtar a participar de uma luta que eu julgava que não teria mais participação ativa eleitoral", explicou a petista, argumentando que a prisão do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, condenado e preso pela Operação Lava Jato, além do processo de impeachment sofrido em 2016, foram os motivos que pesaram na decisão.

"Essas eleições serão muito importantes, pois elas podem interromper um processo de golpe, de deterioração das condições econômicas, políticas, sociais e civilizatórias, afirmou.

Dilma Rousseff sofreu o impeachment em 2016, mas não teve seus direitos políticos cassados.

A petista é uma das testemunhas de Lula no processo conhecido como sítio de Atibaia (SP).

A ação penal investiga se Lula recebeu cerca de R$ 1 milhão das empresas Odebrecht, OAS e Schahin por meio de obras feitas na propriedade, que era frequentada por ele e sua família. O MPF diz que o sítio, registrado em nome de outras pessoas, pertence, na verdade, ao ex-presidente. A defesa de Lula nega.