A uma semana de interrogatório, Haddad visita Lula pela 1ª vez após derrota
Candidato do PT à Presidência da República neste ano, Fernando Haddad visitou o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva na superintendência da Polícia Federal, em Curitiba, nesta quarta-feira (7). Foi a primeira vez que eles se encontraram após o resultado da eleição de 28 de outubro, quando Jair Bolsonaro (PSL) derrotou o petista no segundo turno.
Haddad permaneceu por pouco mais de três horas com o ex-presidente, mas saiu do edifício direto para um táxi, que seguiria até o aeroporto, sem conceder entrevista à imprensa, que o aguardava no portão.
O petista chegou à Superintendência da PF por volta das 8h45 e ingressou às 9h, no horário autorizado para a entrada dos advogados, deixando o prédio aproximadamente às 12h10.
Durante as convenções partidárias e o primeiro turno da eleição, Haddad visitou Lula semanalmente – tanto quando era vice-presidente na chapa do partido como depois de assumir a candidatura do PT.
Diferentemente desta quarta-feira, Haddad sempre concedeu entrevistas após a visita à PF, onde Lula está preso desde o dia 7 de abril por corrupção e lavagem de dinheiro. No segundo turno, no entanto, após a mudança de estratégia da campanha petista, Haddad deixou de vir a Curitiba para se encontrar com o ex-presidente.
Lula é réu na ação penal sobre o sítio de Atibaia (SP) por corrupção passiva e lavagem de dinheiro. A defesa de Lula afirma que ele nunca recebeu ou solicitou qualquer benefício, favorecimento ou vantagem indevida de qualquer empresa. O ex-presidente será interrogado no dia 14.
Quem interrogará Lula é a juíza federal Gabriela Hardt, que substitui Sérgio Moro na condução dos casos da Operação Lava Jato.
O futuro de Haddad
Na segunda-feira, 5, o ex-prefeito passou horas reunido com a presidente do PT, Gleisi Hoffmann, na sede do partido em São Paulo. O tema da conversa foi o futuro de Haddad.
Na semana passada a executiva nacional do PT decidiu que o ex-prefeito de São Paulo deve ocupar um "papel maior" na oposição ao governo Bolsonaro. Haddad e o PT discutem a forma como o candidato vai cumprir a função. A possibilidade de Haddad vir a assumir a presidência do PT em julho do ano que vem, quando termina o mandato de Gleisi, é remota.
Leia também:
- PT pede que CNJ impeça Moro de assumir Justiça antes de órgão julgar acusações
- Moro nega relação entre prender Lula e sim a Bolsonaro: "álibi falso de perseguição política"
Além disso, o PT tenta montar uma agenda de viagens pelo Brasil para o ex-prefeito ainda este ano. A forma como Haddad vai ocupar papel de destaque na oposição a Bolsonaro deve ser o tema principal da conversa entre o candidato e Lula.
Na semana passada, o ex-presidente disse a advogados que foram visitá-lo que, embora tenha perdido a eleição, Haddad saiu da disputa maior do que entrou. Lula disse também que só depois do Carnaval será possível enxergar a verdadeira cara do governo Bolsonaro e traçar uma estratégia de oposição de longo prazo. (*Com informações do Estadão Conteúdo)
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.