Renan faz afagos a Guedes e diz que Bolsonaro precisará dos outros Poderes
O senador reeleito Renan Calheiros (MDB-AL) teceu elogios ao futuro ministro da Economia, Paulo Guedes, dizendo ter ficado “impressionado” com a capacidade de raciocínio dele.
Sem mencionar datas e lugares, Calheiros contou em entrevista veiculada na noite desta sexta-feira (7) pela Globo News que foi convidado por Guedes para jantar e que, durante a conversa, o economista teria mostrado “bastante clareza” sobre a situação do país.
“Eu conversei com Paulo Guedes. Já o conhecia e ele me convidou para jantar. Foi uma conversa boa. A única coisa que eu posso revelar é que fiquei impressionado com a capacidade de raciocínio de Paulo Guedes. Ele tem clareza sobre a situação em que o país se encontra e sobre o que vai fazer”, disse ao jornalista Roberto D’Ávila.
Sobre o presidente eleito, com quem deverá ter muito contato caso consiga retomar a Presidência do Senado Federal no início da próxima legislatura, Renan disse que, ao chamar o filho de “moleque” no episódio em que Eduardo Bolsonaro aparece dizendo que bastariam um soldado e um cabo para fechar o STF, Jair Bolsonaro mostrou que sabe que um dia vai precisar dos outros Poderes: tanto o Congresso quanto o STF (Supremo Tribunal Federal)
Renan também fez afagos a Sergio Moro, futuro ministro da Justiça e Segurança Pública, dizendo que ele foi “muito gentil” ao aceitar participar de evento sobre projeto de lei sobre abuso de autoridade. “A Lava Jato vai deixar avanços civilizatórios”, disse mais de uma vez ao longo da entrevista.
Questionado sobre o fato de Moro ter aceitado ser ministro de Bolsonaro, o emedebista disse que era claro que ele aceitaria o posto, mas afirmou não acreditar que o ex-juiz federal tenha participado do projeto de Bolsonaro com vistas à Presidência. “Ele tinha projeto de poder, mas não era o para o Bolsonaro”, desconversou.
Presidência do Senado
Se vencer as eleições para presidência do Senado Federal na próxima legislatura, será a quinta vez que Renan Calheiros comandará o Congresso Nacional. Sobre ser candidato ou não, ele desconversou, dizendo que como o MDB é a maior bancada do Senado, tem o direito de indicar um candidato e que todos os 13 parlamentares da bancada demonstram interesse na vaga.
“O MDB é maior bancada do Senado, conquistou nas urnas o direito de apresentar um candidato a presidente para o Senado Federal. Eu sou 1/13 dessa bancada”, disse. Afirmou ainda tratar como prioridade “o sonho do MDB de manter pelo voto, no dia 1º de fevereiro, a Presidência do Senado”, que hoje é comandada pelo também emedebista Eunicio Oliveira (MDB-CE), que não conseguiu se reeleger.
Nos bastidores, Renan rivaliza a disputa pelo posto com o cearense Tasso Jereissati (PSDB). Em uma tentativa de quebrar a hegemonia do MDB no comando do Senado e frear a articulação do alagoano para voltar à presidência da Casa, senadores eleitos do PSDB, PDT, PPS, Rede e setores do PSL avaliam apoiar a candidatura do senador tucano.
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