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"Está puto da vida, mas muito animado", diz catador após visita a Lula

13.dez.2018 - O catador Luiz Henrique da Silva, do MNCR, o escritor Raduan Nassar e o ex-ministro Fernando Haddad deixam a sede da PF, em Curitiba, após visitar Lula - Reprodução/Facebook
13.dez.2018 - O catador Luiz Henrique da Silva, do MNCR, o escritor Raduan Nassar e o ex-ministro Fernando Haddad deixam a sede da PF, em Curitiba, após visitar Lula Imagem: Reprodução/Facebook

Mirthyani Bezerra

Do UOL, em São Paulo

13/12/2018 19h10

O catador Luiz Henrique da Silva, do MNCR (Movimento Nacional de Catadores de Materiais Recicláveis), disse nesta quinta-feira (13) que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) está "puto da vida, mas muito animado". Ele e o escritor Raduan Nassar visitaram o petista nesta tarde na Superintendência da PF (Polícia Federal), em Curitiba.

"Fiquei muito feliz de ver que o mesmo presidente que a gente conheceu aqui fora é o mesmo que está lá dentro. Ele se encontra puto da vida, mas com muita saúde, muito animado para a gente continuar. E é o recado que ele manda para gente: não abaixarmos a cabeça e continuarmos na luta, pensando num projeto de país", disse Silva, que afirmou não sentir "nenhum prazer ou orgulho" por encontrar Lula na cadeia.

Fernando Haddad, que foi candidato do PT à Presidência da República neste ano e é um dos advogados de Lula, estava com os visitantes e disse que a ida de Luiz à PF se insere no tradicional Natal dos Catadores, cerimônia que contava com a participação de Lula quando ele era presidente e mesmo depois de deixar o Planalto. "Todo Natal tinha uma reunião com os catadores que vieram a Curitiba. Agora, a cooperativa está aqui para receber a mensagem", disse.

Luiz Henrique da Silva disse ainda que Lula escreveu uma carta para ser lida no evento dos catadores. Nela, Lula deseja um feliz Natal aos catadores, diz que a profissão deles é tão importante quanto a de um médico e exalta a importância da categoria para o meio ambiente.

Lula está preso na PF de Curitiba desde abril deste ano. Ele cumpre pena de 12 anos e um mês de prisão pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro no caso do tríplex de Guarujá (SP). Atualmente, o petista recorre ao STJ (Superior Tribunal de Justiça) e pede a anulação da condenação ou a aplicação de penas mínimas pelos dois crimes, o que lhe permitiria migrar para o regime semiaberto. Não há data para o recurso ser julgado.