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Chefe da PF em SP é nomeado novo diretor-executivo da instituição

Newton Menezes - 7.dez.2018/Futura Press/Estadão Conteúdo
Imagem: Newton Menezes - 7.dez.2018/Futura Press/Estadão Conteúdo

Nathan Lopes

Do UOL, em São Paulo

10/01/2019 10h18

O superintendente da PF (Polícia Federal) em São Paulo, Disney Rosseti, foi nomeado novo diretor-executivo da administração nacional da instituição. A designação foi publicada nesta quinta-feira (10) no Diário Oficial da União. 

Rosseti, que responderá a Maurício Valeixo, ex-superintendente da PF no Paraná e que atuou na Operação Lava Jato. Valeixo fez a escolha por Rosseti. Ele substituirá Silvana Helena Vieira Borges, que estava no cargo desde março do ano passado.

O novo diretor-executivo estava no comando da PF em São Paulo desde 2015. Ele também já liderou a PF em Brasília, além de ter dirigido a "escola da Polícia Federal", a Academia Nacional de Polícia.

Ex-delegado da Polícia Civil de Minas Gerais, Rosseti entrou na PF em janeiro de 1999, na Superintendência no Mato Grosso, onde chefiou o Núcleo de Combate ao Crime Organizado.

Ele também teve passagens pela Divisão de Operações de Inteligência Policial e pela Divisão de Contra-Inteligência Policial da Diretoria de Inteligência. Rosseti ainda atuou como instrutor da disciplina de operações de inteligência nos cursos de formação da Abin (Academia e da Agência Brasileira de Inteligência).

Rosseti é tido como uma pessoa metódica e disciplinada, sendo um profissional que valoriza a área de inteligência. Ele também é focado no combate à corrupção. Em 2016, Rosseti disse que era difícil mensurar o alcance do dano que esse crime causa ao país. E pediu uma legislação que garantisse uma maior "segurança no agir" no apoio ao combate à corrupção. "Precisamos de uma maior autonomia, de maior independência, precisamos de critérios de escolha de diretores, de gestores da Polícia Federal, mandato fixo e tantos outros pleitos, que são pleitos razoáveis, mais do que razoáveis para a polícia", comentou na ocasião.

Em 2017, ele afirmou que a PF "jamais se deixará infiltrar" pela corrupção e pela polícia "mal vivenciada". E pediu melhoras na estrutura, com "recomposição dos nossos quadros, de um orçamento que nos atenda". "Realmente, para nós que somos gestores, o quadro é extremamente difícil", disse no ano retrasado. 

Procurada pela reportagem, a direção da PF não enviou manifestação sobre o novo diretor-executivo e sobre a saída da antiga ocupante do cargo.