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Queremos que o mundo restabeleça a confiança no Brasil, diz Bolsonaro

Mirthyani Bezerra e Nathan Lopes

Do UOL, em São Paulo

21/01/2019 14h53Atualizada em 21/01/2019 15h32

O presidente Jair Bolsonaro (PSL) disse, nesta segunda-feira (21), logo sua chegada em Davos, na Suíça, que pretende usar o Fórum Econômico Mundial para conquistar a confiança do mundo para investimentos.

"Nós queremos mostrar, via nossos ministros em especial, que o Brasil está tomando medidas para que mundo restabeleça confiança em nós e os negócios voltem a florescer entre o Brasil e o mundo sem o viés ideológico, que nós podemos ser um país seguro para investimentos", declarou.

Bolsonaro fará um discurso na terça-feira (22) no Fórum a uma plateia de investidores e autoridades de outros países. Essa é a primeira viagem internacional oficial do pesselista como presidente do Brasil. 

Na declaração dada hoje, Bolsonaro disse querer foco no agronegócio no seu governo. "É nosso commodity mais caro e queremos ampliar esse tipo de comércio. Para isso, estamos aqui para anunciar que o Brasil mudou", comentou.

O presidente indicou que o governo não fará referência a privatizações nos encontros. "A gente não vai anunciar particularidades no tocante a isso". Bolsonaro disse que seu ministro da Economia, Paulo Guedes, disse que vai fazer anúncios sobre o tema "a partir do momento que ele tiver certeza do momento que faremos boas privatizações".

A pauta econômica do governo deverá dominar as falas de Bolsonaro e de sua comitiva em Davos, com foco nas reformas, como a da previdência, e as privatizações. Segundo o presidente, o pronunciamento será "muito curto, objetivo". "Para que possamos dar o recado mais amplo possível do novo Brasil que se apresenta com a nossa chegada ao poder", disse.

Na estreia de Bolsonaro no exterior, o governo pretende vender a imagem de que a economia brasileira está se modernizando, com abertura comercial, segurança jurídica para investidores e reformas estruturais. Além das reformas econômicas, Bolsonaro deverá defender em sua fala também o combate à corrupção e valores democráticos.

Questionado sobre a situação na Venezuela, Bolsonaro disse espera quer o governo do país vizinho mude rapidamente. "A Venezuela está com problemas não é de hoje, esperamos que rapidamente mude o governo da Venezuela", declarou.

Além dele, o ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, também falará durante o Fórum Econômico Mundial. Ao lado de outros três nomes, o ex-juiz da Lava Jato participará um painel intitulado "Dentro do escuro: crime globalizado", que falará sobre como a corrupção e outras formas de enriquecimento ilícito afetam o funcionamento de entes públicos e privados.

Moro dividirá a mesa com Ilona Szabó Carvalho, diretora-executiva do Instituto Igarapé, crítica da política de armas do governo Bolsonaro.