Flávio diz que funcionária investigada pelo Coaf foi indicada por Queiroz
O deputado estadual e senador eleito Flávio Bolsonaro (PSL-RJ), filho do presidente Jair Bolsonaro (PSL), divulgou nota oficial nesta terça-feira (22) afirmando ter contratado "funcionária que aparece no relatório do Coaf" por indicação do ex-assessor e ex-policial militar Fabrício Queiroz. Ele afirma que continua "a ser vítima de uma campanha difamatória com objetivo de atingir o governo de Jair Bolsonaro".
A funcionária em questão, segundo reportagens dos jornais "O Globo" e "Folha de S. Paulo", seria Raimunda Veras Magalhães, mãe do capitão Adriano Magalhães da Nóbrega, 42, tido pelo Ministério Público do Rio como o homem-forte do Escritório do Crime, organização suspeita do assassinato de Marielle Franco. O policial foi alvo de um mandado de prisão nesta terça-feira e está foragido.
"A funcionária que aparece no relatório do Coaf foi contratada por indicação do ex-assessor Fabrício Queiroz, que era quem supervisionava seu trabalho. Não posso ser responsabilizado por atos que desconheço, só agora revelados com informações desse órgão", disse o parlamentar em nota.
Apesar de fazer referência em sua nota à imprensa apenas à mãe de Nóbrega, Flávio também teria empregado a mulher do capitão, Danielle Mendonça da Costa da Nóbrega, segundo "O Globo" e "Folha de S. Paulo". Ambas ocupavam o cargo CCDAL-5 e ganhavam R$ 6.490,35. Elas deixaram o gabinete no mesmo dia, em 14 de novembro, a pedido.
"Continuo a ser vítima de uma campanha difamatória com objetivo de atingir o governo de Jair Bolsonaro", disse Flávio.
Segundo reportagem do jornal "O Globo", Nóbrega e Queiroz são amigos. O ex-assessor de Flávio Bolsonaro é alvo de investigação por suspeita de recolhimento de parte dos salários de funcionários do filho do presidente Jair Bolsonaro.
Raimunda é um dos ex-servidores de Flávio citados em relatório do Coaf que identificou movimentações financeiras atípicas de Queiroz. Ela repassou R$ 4.600 para a conta do ex-policial militar.
Sobre a grau de parentesco dela com Nóbrega, Flávio afirmou ser "mais uma ilação irresponsável daqueles que pretendem me difamar".
Homenagens a suspeitos de integrar milícia
Na nota divulgada, o senador eleito também comenta homenagens prestadas por ele quando era deputado no Rio. "Sobre as homenagens prestadas a militares, sempre atuei na defesa de agentes de segurança pública e já concedi centenas de outras homenagens", disse.
Flávio prestou homenagem a Nóbrega por duas vezes na Alerj (Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro). Em 2003, propôs uma moção de louvor ao policial militar por desenvolver sua função com "dedicação, brilhantismo e galhardia". Em 2005, concedeu ao policial a Medalha Tiradentes como reconhecimento pela prisão de 12 "marginais" no morro da Coroa, no centro.
Flávio ainda homenageou o capitão Ronald Paulo Alves Pereira, também alvo da operação de hoje. A justificativa foi a participação de Pereira em operação que resultou na morte de três "marginais da lei" no Complexo da Maré, em 2004.
Leia a íntegra da nota divulgada por Flávio
Continuo a ser vítima de uma campanha difamatória com objetivo de atingir o governo de Jair Bolsonaro.
A funcionária que aparece no relatório do Coaf foi contratada por indicação do ex-assessor Fabrício Queiroz, que era quem supervisionava seu trabalho. Não posso ser responsabilizado por atos que desconheço, só agora revelados com informações desse órgão.
Tenho sido enfático para que tudo seja apurado e os responsáveis sejam julgados na forma da lei.
Quanto ao parentesco constatado da funcionária, que é mãe de um foragido, já condenado pela Justiça, reafirmo que é mais uma ilação irresponsável daqueles que pretendem me difamar.
Sobre as homenagens prestadas a militares, sempre atuei na defesa de agentes de segurança pública e já concedi centenas de outras homenagens.
Aqueles que cometem erros devem responder por seus atos.
Senador eleito Flavio Bolsonaro
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