"Lula está revoltado, mas não abatido", diz advogado após visita

Um dia após ser condenado pela segunda vez pela Justiça Federal do Paraná, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva recebeu a visita de um dos seus advogados de defesa, Manoel Caetano. O integrante da defesa do líder petista deixou o prédio da Superintendência da Polícia Federal (PF) em Curitiba, onde Lula está preso desde abril, pouco antes do meio-dia. Disse que o ex-presidente está revoltado com a sentença que estabeleceu que ele fique 12 anos e 11 meses preso por corrupção e lavagem de dinheiro relacionadas a obras realizadas por empreiteiras num sítio em Atibaia (SP).

"Ele está revoltado, mas não abatido", afirmou Caetano, ao deixar a sede da PF. "Agora, vamos estudar a melhor forma de reverter essa injustiça contra o ex-presidente."

A sentença do caso do sítio de Atibaia foi divulgada na quarta-feira (6). É assinada pela juíza federal Gabriela Hardt, da 13º Vara Federal de Curitiba. Cabe recurso.

Ainda na quarta-feira, a defesa do ex-presidente afirmou que Lula é alvo de perseguição política e de "narrativas acusatórias referenciadas apenas por delatores generosamente beneficiados". 

Militantes preparam ato de solidariedade

Ao lado da sede da PF, militantes contrários à prisão do ex-presidente estão mobilizados para um ato de solidariedade a Lula programado para a tarde desta quinta-feira (7). Os senadores Jaques Wagner (PT-BA) e Humberto Costa (PT-PE) devem participar do ato e visitar o ex-presidente.

Pela manhã, algumas pessoas favoráveis a condenação de Lula trocaram provocações com os militantes da vigília Lula Livre. Nenhum problema mais grave ocorreu.