Maia nega que haja resistência para votar criminalização do caixa 2
O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), negou hoje que haja resistência dos deputados em votar a criminalização do caixa 2. A declaração foi dada pouco depois de o ministro da Justiça, Sergio Moro, dizer que cedeu aos pedidos de políticos para desmembrar a questão do caixa dois nos projetos enviados ao Congresso.
"Não existe resistência nenhuma [para que a criminalização seja votada]", disse Maia ao chegar à Câmara após evento de anúncio do pacote com o presidente Jair Bolsonaro (PSL) e ministros.
"Eu nunca tratei desse assunto [criminalização do caixa 2] com ele [Moro]. A gente já votou uma vez e tem toda a condição de votar de novo. Junto, separado, do jeito que for", disse Maia em relação à votação do assunto, em 2016, na Casa.
Moro cedeu ao pedido de políticos e decidiu desmembrar o projeto de lei que propõe criminalizar o crime de caixa 2 dos projetos que tratam de corrupção, crime organizado e crimes violentos.
Os três projetos do pacote anticorrupção foram assinados hoje pelo presidente Jair Bolsonaro (PSL) em solenidade no Palácio do Planalto com a presença de ministros e autoridades. Embora seja uma das principais vitrines do governo e tenha sido uma promessa de campanha de Bolsonaro, a cerimônia foi promovida sem alarde, fechada à imprensa e sem a transmissão dos discursos.
Além de fatiado, o tema chega à Câmara ofuscado pela reforma da Previdência. A PEC que proporá adequações ao sistema previdenciário será entregue amanhã na Casa e terá tramitação prioritária, segundo líderes da Casa.
Ao projeto devem ser apensadas - juntadas - partes de uma proposta do ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre Moraes, que já tramita pela Casa.
"Eu acho que é o governo que decide como encaminha os seus projetos. Não sou eu que vou ficar discutindo a forma de encaminhamento por parte do governo Se vai encaminhar fatiado, vai tramitar dessa forma", disse Maia.
Hoje cedo, Moro foi questionado se o governo não estaria cedendo às reclamações dos parlamentares - parte é investigada por supostos crimes eleitorais -. Ele respondeu que houve protestos quanto à intenção inicial dele e, por isso, o governo resolveu adotar uma "estratégia diferente".
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