Heleno usa posse para explicar aumento do cartão corporativo da Presidência
O general Augusto Heleno, ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), usou a cerimônia de posse de 1º de janeiro para justificar o aumento de 16% nos gastos da Presidência da República com cartão corporativo nos primeiros meses de 2019. A despesa neste período foi de R$ 1,1 milhão, segundo reportagem publicada ontem pelo jornal O Estado de S.Paulo.
O ministro deu as explicações na noite de hoje, durante uma live transmitida no Facebook ao lado do presidente Jair Bolsonaro (PSL) e do porta-voz do Palácio do Planalto, Otávio do Rêgo Barros.
Segundo o ministro, com "todo o aparato para a posse" e com a vinda de presidentes estrangeiros e autoridades, os gastos aumentaram.
Além disso, no mesmo período de 2018, somente o presidente da República, sem vice-presidente, usava o cartão, de acordo com Heleno. "Agora, em janeiro de 2019, nós tínhamos o presidente que estava deixando o poder, o presidente que foi eleito e mais o vice-presidente", justificou.
Noticiaram como se tivesse sido uma extravagância, o que não aconteceu
General Augusto Heleno, ministro do GSI
O cálculo da matéria de O Estado de S.Paulo para mostrar que houve um aumento de 16% nas despesas levou em consideração os pagamentos vinculados à Secretaria de Administração da Presidência da República, que incluem os gastos relacionados ao presidente, como despesas familiares, das residências oficiais e até mesmos pagamentos corriqueiros da Presidência.
Ainda segundo a reportagem, menos de 2% dos das despesas foram discriminados - R$ 15,5 mil -, estando todo o restante sob sigilo. Nem mesmo as datas em que a despesa foram feitas foram divulgadas. O argumento é que informar os gastos do presidente pode colocar em risco a sua segurança. Procurada pelo jornal, a Secretaria de Comunicação não explicou as razões para o aumento nos gastos nem se o governo pretende mudar a política de sigilo dos pagamentos.
Ao lado do general, Bolsonaro aproveitou a live de hoje para relembrar que "como um todo, de forma global, a despesa com cartões corporativos baixou 28%" e que "a imprensa pegou aquela parte negativa e divulgou".
Durante o período de transição, no entanto, a extinção do benefício foi defendida pelo ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni. À época, ele afirmou que mudanças seriam feitas com "critérios", baseadas em consultas à Advocacia-Geral da União (AGU) e à CGU.
Ao todo, 1.846 servidores estão registrados para usar os cartões corporativos, responsáveis por um gasto total de R$ 5,3 milhões até agora em 2019. Neste caso, quando considerados todos os órgãos do governo, houve uma economia de 28% em relação à média dos últimos quatro anos, como afirmou Bolsonaro.
* Com informações do Estadão Conteúdo
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