Bolsonaro faz afago ao Congresso e reforça economia na PEC da Previdência
O presidente Jair Bolsonaro (PSL) fez um afago hoje a ex-colegas de Parlamento durante a assinatura do decreto que revoga o horário de verão neste ano. O mandatário, que exerceu mandado de deputado federal por quase três décadas, quebrou o protocolo durante a solenidade e chamou parlamentares para que participassem da cerimônia.
Em discurso, ele afirmou que aprovar uma lei no Congresso é "quase como ganhar na Mega-Sena" e disse estar aberto a sugestões de medidas que possam implementadas por meio de decreto presidencial.
Ao fim do evento, Bolsonaro foi questionado pela imprensa sobre a tramitação da reforma da Previdência na Câmara e os pontos que levam a divergências para avanço do texto. Segundo ele, a Casa é "soberana para fazer as alterações que melhor atendam a necessidade de todos". "Mas a economia [gerada pela proposta inicial, na avaliação do Executivo] é importante. A gente espera que ela passe da forma mais próxima do que nós encaminhamos".
"Estou muito feliz com a aprovação da reforma da Previdência na CCJ. Tudo indica que hoje está sendo formada a comissão especial. A gente espera que, com a liderança em grande parte do Rodrigo Maia [presidente da Câmara], essa proposta prospere também na comissão especial".
O presidente também evitou falar em prazos para a aprovação ou não da reforma. "Espero que não haja nenhuma turbulência e, se Deus quiser, não haverá. E nós deveremos virar essa página o mais rápido possível da nova Previdência."
Bolsonaro preferiu não emitir opinião sobre a escolha do relator da reforma na comissão especial. O nome designado pelo presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), foi Samuel Moreira (PSDB-SP).
"Não vou entrar em detalhes. É a atribuição lá do presidente da Câmara. Todos os deputados têm responsabilidade e acreditamos em... Não vou falar todos, porque tem a esquerda que está contra a gente. Mas o outro lado, nós acreditamos na responsabilidade e no espírito patriótico de todos para levar adiante essa proposta."
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A informação de que o horário de verão poderia ser revogado neste ano foi divulgada pelo próprio presidente em um café com jornalistas, na manhã do dia 5 de abril. A confirmação veio horas depois em um postagem no Twitter, por meio da qual Bolsonaro explicou que a medida era baseada em "estudos técnicos" do Ministério de Minas e Energia.
Na versão do porta-voz da Presidência, general Otávio do Rêgo Barros, levantamento da pasta aponta que 53% dos entrevistados eram a favor de acabar com o horário de verão. O militar confirmou ainda que a medida poderá ser reavaliada nos próximos anos.
O teor "técnico" do estudo, no entanto, não foi publicizado.
Bolsonaro também disse ter tomado a decisão após conversar com o deputado federal João Campos (PRB-GO), defensor da iniciativa.
O fim do adiantamento em uma hora do relógio no país rompe com uma prática iniciada em 1931 e aderida pelos estados, sem interrupção, nos últimos 35 anos. O objetivo era economizar energia, valendo-se do aproveitamento da luz solar no período mais quente do ano.
Até o ano passado, o horário de verão era tradicionalmente adotado entre outubro e fevereiro.
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