Escola pobre não tem multa, diz Bolsonaro ao falar sobre lei da cadeirinha
Um dia após enviar projeto de lei para a Câmara que sugere alterações na CNH (Carteira Nacional de Habilitação), o presidente Jair Bolsonaro (PSL) fez uma comparação entre escolas "ricas" e "pobres" para explicar a proposta para acabar com a multa aos motoristas que não transportarem crianças na cadeirinha -- neste caso, haveria apenas uma advertência.
Ao falar sobre o tema, o presidente disse que "todo mundo que é pai e mãe é responsável" e destacou que a infração continuará valendo.
Lá no Rio de Janeiro o pessoal (guardas de trânsito) faz plantão em cima de escola onde o pai paga R$ 3 ou R$ 4 mil de mensalidade. Escola pobre não tem multa. Então, é um negócio (...) para tirar dinheiro do povo
Jair Bolsonaro
A declaração foi dada na manhã de hoje em evento em Aragarças, no interior de Goiás. Além da mudança no uso da cadeirinha, o projeto amplia de 5 para 10 anos o prazo de validade do documento e de 20 para 40 o limite de pontos para cassação da CNH.
Bolsonaro disse que, pelas regras atuais, basta três infrações para perder a CNH porque "tem radar em tudo que é lugar escondido", prometendo acabar com o que chamou de "indústria da multa" no Brasil.
"O trabalhador, o motorista de ônibus, de táxi, de caminhão, não perde a carteira de habilitação, perde a carteira de trabalho", afirmou o presidente.
Em discurso na cerimônia do lançamento de projeto de revitalização do rio Araguaia, o presidente disse que, se a medida dependesse apenas dele, o limite de pontos da CNH seria de 60 pontos.
Especialistas em engenharia de tráfego, segurança viária, medicina e direito do trânsito mostraram receio que as medidas, se aprovadas, resultem na elevação de acidentes fatais no país.
Também nesta manhã, o presidente declarou apoio ao jogador Neymar, acusado de estupro. "Espero dar um abraço no Neymar antes do jogo. É um garoto. Está num momento difícil, mas eu acredito nele", afirmou Bolsonaro.
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