MP denuncia Romário por mentir sobre acidente de carro em 2017
O MP-RJ (Ministério Público do Rio de Janeiro) denunciou à Justiça o senador e ex-jogador de futebol, Romário (Podemos), por tentar enganar autoridades que apuravam um acidente de carro que ele se envolveu em 2017.
No documento, o promotor Márcio Almeida Ribeiro da Silva afirmou que Romário "inovou artificiosamente (...) a fim de induzir a erro o agente policial, perito e juiz, ao se omitir na admissão de ser o real condutor do veículo".
Na ocasião, o carro onde estava o ex-jogador atingiu e feriu um motociclista no bairro da Barra da Tijuca, na zona oeste do Rio, durante o retorno de uma partida de futebol. A vítima fraturou a bacia.
Um amigo de Romário disse que estava conduzindo o carro na hora do acidente, mas, segundo o MP, era o senador quem dirigia.
O ex-jogador não poderia conduzir o veículo (um Porsche/Macan que estava no nome da irmã dele), pois estava com a carteira nacional de habilitação suspensa.
Em nota enviada hoje, a defesa de Romário manteve a versão dada na época (leia abaixo).
Após o acidente, Romário deixou o veículo pelo lado do condutor, de acordo com a denúncia do MP, mas após a chegada da polícia, um amigo identificado como Marcelo Antônio Soares Wagner, que foi até o local, afirmou que o jogador não estava ao volante. Marcelo assumiu a culpa pelo ocorrido.
"Ambos dissimularam a dinâmica do acidente, especialmente com relação ao real condutor do veículo", afirma o promotor em um trecho da denúncia
A ação contra o jogador se baseia em crime previsto no Código de Trânsito Brasileiro - artigo 312 da Lei 9503/97 que prevê detenção de 6 meses a um ano ou aplicação de multa.
O senador deverá participar neste mês de uma audiência sobre o caso.
Procurada, a defesa de Romário informou que "o caso foi encerrado desde que o real condutor do automóvel [o amigo do senador] reconheceu sua condição de responsável pelo veículo e, não menos importante, indenizou a vítima".
"Levando em consideração a denúncia do MP, certamente o reconhecimento da sua inocência se dará no momento oportuno", disse o advogado Rafael Faria em nota
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