Apesar de críticas e ameaças, Tabata mantém voto e apoia reforma
A deputada federal Tabata Amaral (PDT-SP) manteve no segundo turno o voto a favor do texto principal da reforma da Previdência. Ela chegou a ser ameaçada de expulsão pelo próprio partido, que é contra as mudanças da reforma.
O placar do segundo turno foi de 370 votos a favor, 124 contra e 1 abstenção. Eram necessários pelo menos 308 votos (3/5 dos deputados) para aprovar o texto. Veja o voto de cada deputado.
Nas redes sociais, a deputada voltou a defender seu voto. Ela afirmou que "a reforma da Previdência é uma questão extremamente necessária e urgente, que requer muita coragem para ser enfrentada".
"A Reforma da Previdência é resultado de uma construção coletiva de grupos como as bancadas feminina e da educação, os partidos de oposição e diferentes grupos de parlamentares, como nós do Acredito", escreveu Tabata.
"Esses coletivos foram responsáveis tanto por defender alterações importantes no sistema previdenciário atual como também por barrar as propostas do governo que prejudicavam os mais pobres. Foi o nosso trabalho que garantiu a manutenção dos benefícios para deficientes e idosos pobres que recebem o BPC e regras mais brandas para a aposentadoria dos professores, que barrou o aumento do tempo mínimo de contribuição, que prejudicaria principalmente as mulheres, e que manteve a regra atual de aposentadoria para o trabalhador rural", completou.
O presidente nacional do PDT, Carlos Lupi, chegou a dizer após a votação no primeiro turno que o partido havia fechado a questão e Tabata estava de acordo.
"Até uma semana atrás a Tabata tinha posição igual à do partido. De uma semana para cá, a gente ainda não sabe os motivos, ela mudou de posição, e ontem [terça-feira] ela esteve aqui com outros deputados e me comunicou isso", disse Lupi à Folha Lupi no dia 10, antes da votação.
No dia 17 de julho, Lupi, anunciou a suspensão provisória de Tabata e outros sete colegas que votaram a favor da reforma da Previdência contrariando a orientação do partido.
Lupi e os membros da Executiva nacional, da Comissão de Ética e de movimentos sociais se reuniram em Brasília para começar a debater a instauração de processos disciplinares. A expectativa é que todo o processo dure até 60 dias. De acordo com o rito estatutário, os envolvidos terão prazo para apresentação da defesa. Ao final desse período, a direção nacional do PDT decidirá se expulsa ou não os oito dissidentes ou se toma alguma outra medida administrativa.
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