PSL expulsa Alexandre Frota por unanimidade
O PSL, partido do presidente Jair Bolsonaro, e com maior expressão na Câmara, expulsou hoje o deputado Alexandre Frota (PSL-SP).
O parlamentar teve papel relevante na articulação da reforma da Previdência e trabalhou junto ao governo para blindar ministros em audiência pública, como Paulo Guedes (Economia). Mas nas últimas semanas aumentou o tom de críticas à legenda e ao presidente. Um dos panos de fundo para esse embate é a disputa por poder internamente na sigla.
Frota tentava alçar voos mais altos na direção estadual do partido, sob comando de Eduardo Bolsonaro (PSL-SP). As disputas pelo comando da secção estadual geraram atritos com caciques da sigla como o senador Major Olímpio (PSL-SP).
Pelo destaque que teve durante a tramitação da Previdência, que lhe rendeu elogios públicos pelo presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-SP). O parlamentar já recebeu convites para integrar outras três legendas de centro-direita: PSDB, DEM e Podemos.
O presidente do partido, Luciano Bivar (PSL-PE), disse que o presidente Jair Bolsonaro, um dos alvos das críticas e ataques de Frota não foi consultado e não interferiu na decisão.
"A gente lamenta muito a desfiliação, mas o partido é impessoal. O partido é paradoxalmente, intangível, mas o mais de concreto é a decisão que a gente tem", disse Bivar, após a decisão partidária.
A votação aconteceu na manhã desta terça-feira (13) e teve unanimidade entre os nove votantes. A justificativa é de que ele feriu o regimento da sigla.
"Foi o sentimento da executiva nacional do partido de que não foi a primeira vez que ele vinha se comportado dessa forma", declarou Bivar.
No segundo turno da Previdência, Frota foi o único parlamentar da sigla que não votou. Nos últimos meses ele já havia sido destituído do posto de vice-líder do partido na Câmara. Outro ponto de atrito foram as críticas que ele fez à intenção do presidente indicar Eduardo Bolsonaro à Embaixada nos Estados Unidos.
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