Mourão contrapõe Carlos Bolsonaro e diz que democracia é fundamental
Em contraponto à declaração do filho do presidente e vereador Carlos Bolsonaro (PSC-RJ) de que por "vias democráticas" não haverá as mudanças rápidas desejadas no país, o vice-presidente da República e presidente em exercício, Antônio Hamilton Mourão (PRTB), afirmou hoje que a democracia é fundamental e pediu paciência para que medidas do governo sejam aprovadas.
"Fundamental. São pilares da civilização ocidental. Vou repetir para você: pacto de gerações, democracia, capitalismo e sociedade civil forte. Sem isso a civilização ocidental não existe", disse.
Questionado se as mudanças almejadas pelo governo são viáveis por meio da democracia, o general da reserva afirmou que "lógico, senão a gente não tinha sido eleito, né?".
Quanto à declaração de Carlos Bolsonaro, em específico, falou que é "problema dele" e o filho do presidente Jair Bolsonaro (PSL) é quem tem de responder por ela. "Ah, Carlos Bolsonaro vocês perguntem para ele. Isso é problema dele, perguntem pra ele", disse.
Na avaliação de Mourão, o único caminho para se tentar aprovar iniciativas do Planalto é conversando com o Congresso Nacional. Ele ressaltou ser preciso foco e paciência para conseguir os resultados almejados.
"Temos que negociar com a rapaziada do outro lado da praça. É assim que funciona. Com clareza, determinação e muita paciência", completou.
Mourão assumiu a Presidência da República em exercício no domingo (8), dia em que Bolsonaro foi operado em São Paulo para corrigir uma hérnia incisional. O problema é decorrente de intervenções após facada sofrida na campanha eleitoral em setembro do ano passado.
A previsão é que Mourão fique no comando do Planalto até quinta-feira (12), segundo a assessoria da Presidência. Isso não impede que Bolsonaro já despache do quarto no hospital nem antecipe a volta ao trabalho como presidente efetivo.
Mourão chegou ao seu gabinete na Vice-Presidência no Palácio do Planalto pouco antes das 11h e se reuniu com o ministro da Justiça, Sergio Moro, e o ministro da Secretaria de Governo, general Luiz Eduardo Ramos. Eles debateram texto que reverte bens de traficantes ao governo federal.
Moro saiu sem falar com a imprensa. Questionado sobre a declaração de Carlos Bolsonaro, Ramos respondeu "isso não é da minha área".
O vice-presidente almoçou fora do Planalto. Ele retorna ao local à tarde para reuniões no gabinete.
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