"Dá pena de como degradamos instituições", diz Gilmar Mendes sobre Janot
Resumo da notícia
- Ex-PGR disse que pensou em assassinar o ministro do STF
- Gilmar disse que "choca" pensar que PGR estava com "alguém que pensava em faroeste"
O ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal, voltou a falar sobre a declaração de Rodrigo Janot. O ex-chefe da Procuradoria-Geral da República afirmou ao jornal O Estado de S. Paulo que foi armado à corte para matá-lo e, em seguida, se suicidar. Mendes afirmou que "dá pena de como degradamos instituições".
"Primeiro senti uma pena enorme das instituições brasileiras. Sou um estudioso e estou nisso há muitos anos. E todos nós vemos na PGR, um nome que todos conhecem, é um ícone, como Zé Paulo Sepúlvuda. Por lá passaram nomes que depois foram inclusive para o STF. Quando a gente imagina que a procuradoria estava entregue em mãos de alguém que pensava em faroeste, isso realmente choca e dá pena de ver como nós degradamos as instituições. Em relação à pessoa, eu só posso recomendar um tratamento psiquiátrico", disse em entrevista ao "Roda Vida", da TV Cultura.
O ex-procurador-geral da República Rodrigo Janot disse que chegou a ir armado a uma sessão do STF (Supremo Tribunal Federal) com o objetivo de matar o ministro Gilmar Mendes. "Não ia ser ameaça, não. Ia ser assassinato mesmo. Ia matar ele [Gilmar Mendes] e depois me suicidar", afirmou Janot, que deixou a Procuradoria há dois anos, em Entrevista ao Estado de S. Paulo.
O ex-PGR disse que o caso ocorreu em maio de 2017, quando ele --na época, chefe do Ministério Público Federal-- solicitou que o ministro do STF fosse impedido de analisar um habeas corpus de Eike Batista, sob a justificativa de que a mulher do ministro, Guiomar Mendes, era sócia de um escritório de advocacia que representava o empresário em diversos processos.
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