Damares diz ser contra taxar igrejas e que evangélicos são discriminados
Ministra da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos do governo Jair Bolsonaro, Damares Alves falou hoje no programa Pânico, da rádio Jovem Pan, que é discriminada por sua religião e criticou o que chama de "desqualificação da fé".
"Parte da perseguição que foi orquestrada contra mim tem muito de preconceito religioso. Talvez se eu não fosse pastora não tivesse recebido parte dos ataques... Esse preconceito existe no Brasil. Nós, evangélicos, somos desrespeitados. Quando alguém descobre que você é pastora a credibilidade acaba para eles. A esquerda acha que é a mãe e o pai dos direitos humanos. Ninguém pode falar sobre porque a 'bandeira é dela'. Muito disso tudo vem deles... A nossa fé não pode e nem nos desqualifica", disse Damares antes de defender a imunidade tributária a igrejas.
"O que é o patrimônio da igreja? Ele é constituído de dízimos e ofertas. Quando o fiel leva isso à igreja ele já pagou o imposto disso. A gente tributar a igreja é bitributação e isso é crime no Brasil. Essa discussão é muito mais recheada de preconceito e de conteúdo ideológico do que realidade. As igrejas têm papel social extraordinário no Brasil. Então eu sou contra tirar a imunidade tributária das igrejas, inclusive do IPTU. A não ser que me provem que isso vai mudar a economia do Brasil", afirmou.
Polêmica das calcinhas
Damares também negou ter dito que mulheres são estupradas por não usar calcinha e se disse a favor da educação sexual.
"Eu disse, tem certeza? Ou confundiram o que a ministra maluquinha fala? Toda imprensa do Brasil se confunde com o que eu falo. Tiraram minha frase de contexto, era outra situação... Educação sexual é necessária. Eu sou contra a forma que estava acontecendo nas escolas. Pessoas sem preparo falando sobre o tema com crianças. Um exemplo foi o que eu encontrei em Nilópolis. Eu encontrei uma cartilha com quatro homens fazendo sexo ao mesmo tempo. Era distribuída para criança de 12, 13 anos. Isso eu sou contra", ressaltou.
Licença maternidade
Damares Alves foi questionada também sobre um suposto projeto para aumentar a proposta de licença maternidade no Brasil, e disse que o tema é mais uma fala dela tirada de contexto.
"Fui representar o presidente na Hungria. Vi lá as políticas públicas para família. Eles investem em família. Um dos diversos programas é a licença maternidade por até três anos. Não recebe salário por três anos, mas tem estabilidade por três anos. Acho que ao menos 1 ano seria o ideal para uma mulher ficar em casa, mas infelizmente não é a realidade do meu país", disse antes de salientar que o Brasil está muito longe desse "sonho" e que esse projeto não existe por aqui, já que empresários "reclamam até dos seis meses de licença."
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