Bruno Covas diz que se vê ainda em muitas eleições e analisa erros do PSDB
O prefeito Bruno Covas concedeu uma entrevista à jornalista Monica Bergamo, na Band News, logo após receber alta na noite de hoje. Na conversa, que girava em torno das eleições do ano que vem, Covas afirmou que está "confiante que vou participar de muitas outras eleições".
Sobre seu estado de saúde, Covas disse que o sangramento no seu fígado aconteceu porque o tratamento com a quimioterapia está sendo muito efetivo. O prefeito deve passar por uma nova sessão no dia 26 de dezembro, até lá, garantiu que seguirá trabalhando no gabinete.
Bruno Covas também fez uma autocrítica do seu partido, destacando que o PSDB não lidou com as questões éticas internas como cobrou que outros partidos fizessem. "Me sinto envergonhado de estar em um partido que não fez nada em relação ao Aécio [Neves]", decretou.
O deputado e ex-candidato do PSDB à presidência responde a processos no Supremo Tribunal Federal. Já houve duas tentativas infrutíferas de expulsá-lo do partido.
Covas também criticou outras gestões do PSDB, inclusive a de seu avô, Mario Covas. Segundo ele, o partido não soube lidar com as bandeiras que defende e escondeu pontos que ele entende como positivas como as privatizações do governo FHC e as concessões de estradas feitas por Mario Covas, quando foi governador de São Paulo.
Apesar disso, ele defendeu o governo de João Doria e afirmou que sua gestão é uma continuação da que foi feita pelo atual governador.
Críticas a Bolsonaro
O prefeito revelou que votou nulo no segundo turno das últimas eleições presidenciais e não poupou críticas ao presidente Jair Bolsonaro.
"É um governo que infelizmente ainda está muito em campanha. O presidente está perdendo tempo que poderia ser usado com reformas importantes", analisou.
Para Covas, a reforma da Previdência só foi aprovada pelo esforço do Congresso. Ele também afirmou que "gosta mais" do projeto de excludente de ilicitude que foi aprovado pelos parlamentares do que o que foi enviado pelo ministro Sergio Moro.
Paraisópolis
Questionado sobre o massacre de Paraisópolis, onde nove jovens morreram após uma ação da polícia militar, o prefeito defendeu que é necessário "separar o funk do pancadão".
Ele também propôs a organização de bailes em locais fechados, como parques, "mas com horário, com controle, sem causar problema e sem deixar o tráfico controlar".
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