Presidente da Câmara descarta substituir Bruno Covas: "Ele é um touro"
Eduardo Tuma (PSDB), atual presidente da Câmara de Vereadores de São Paulo e reeleito esta semana para o cargo, participou hoje do Programa Pânico, da Rádio Jovem Pan, e descartou a possibilidade de assumir a prefeitura da cidade.
Como não há vice-prefeito em São Paulo (Bruno Covas foi eleito vice de João Dória nas eleições de 2016), Tuma será alçado a líder do Executivo caso Covas precise se licenciar em decorrência do tratamento contra o câncer ao qual está sendo submetido. Mas, segundo o vereador, o prefeito conseguirá manter suas funções:
"Bruno é meu amigo. Semanalmente a gente conversa. E ele está super bem. É um touro, um tanque para trabalhar, é invejável. Nem parece que está se tratando. Ele vai fazer a quarta sessão de quimioterapia e não se licenciou. Não precisa se licenciar. Ele continua no cargo. Ele no Executivo, eu no Legislativo, trabalhando conjuntamente pela cidade. Não trabalho com a hipótese de licença do prefeito", contou.
O chefe do Legislativo paulistano disse também que a presença de Bruno Covas é essencial para o andamento de projetos importantes para o município, já que o prefeito possui boa relação com os vereadores.
"O Bruno é muito bom na interlocução com a Câmara. Ele foi deputado, conhece as necessidades dos parlamentares, foi Secretário Estadual. Então, o diálogo com o Bruno é muito positivo. Nós, por exemplo, fizemos a Reforma da Previdência do município antes da Reforma Federal".
Polarização e Eleições 2020
Tuma ainda analisou o cenário para as eleições de 2020. Ele acredita que a polarização do debate político, tão presente no âmbito federal, não deve atingir o pleito municipal, já que as pautas são diferentes, de interesse mais específico dos munícipes,
"Não acredito que as bandeiras sejam temas das campanhas ano que vem. Por exemplo, aqui a gente não discute legalização da maconha ou aborto. Não se discute no município isso", explicou.
Para o cargo de prefeito, o vereador acredita que o PSDB deve lançar Bruno Covas como candidato. Mas não quis comentar a possibilidade de ser vice na chapa.
"A definição do vice-prefeito ou da vice-prefeita ocorrerá ano que vem. Existe uma conversa com os partidos que compõem a aliança com o PSDB. Ano que vem isso será decidido. A gente não tem um nome ainda", afirmou.
Independentemente dos rumos que tomará nas eleições, Tuma fez considerações sobre o momento de reestruturação pelo qual o PSDB está passando: "O PSDB passa por um processo de reformulação e revisão. Veremos novamente a visão que o partido apregoava no passado para dialogar com a a realidade atual. Mas nós vamos nos atualizar", completou.
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