Onyx diz que continua ministro, mas deixa futuro nas mãos de Bolsonaro
Esvaziado dentro do governo, o ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni (DEM-RS), afirmou hoje que sua permanência no cargo está nas mãos do presidente Jair Bolsonaro (sem partido).
O gaúcho voltou a Brasília nesta manhã, após um período de férias nos Estados Unidos, e disse aguardar o chamado do mandatário para, "hoje ou amanhã", prestar esclarecimentos sobre a viagem em voo da FAB (Força Aérea Brasileira) de seu principal assessor, Vicente Santini.
O subordinado foi destituído do cargo em público pelo presidente na terça-feira (28), recontratado pela Casa Civil no dia seguinte e, 12 horas depois, demitido de novo por Bolsonaro. O episódio instalou uma nova crise no governo e colocou Onyx na berlinda.
"Nós vamos conversar com o presidente, entender todas essas questões que ocorreram no período em que eu estava fora do Brasil de férias", disse o ministro. "Com tranquilidade, hoje ou amanhã, porque ele está se recuperando de um procedimento, vou conversar com ele (...) e ver se ele me recebe hoje ou amanhã."
O "procedimento" mencionado pele chefe da Casa Civil teria sido uma cirurgia de vasectomia, realizada ontem, segundo reportagem do jornal O Estado de S.Paulo. O Planalto confirmou apenas que Bolsonaro deu entrada no Hospital das Forças Armadas, mas não esclareceu o motivo.
"O Planalto não comentará sobre a saúde do presidente", segundo informou o governo.
Onyx destacou que Bolsonaro tem "a última palavra sempre" e chamou o presidente de "meu líder".
"Claro que toda decisão dentro do governo é liderada por ele. Aliás, o meu trabalho junto com todos os ministros é preparar todas as matérias e levar a ele, e ele tem a última palavra sempre."
"Quem define é o presidente Bolsonaro. Ele é o meu líder, eu lutei muito para que ele estivesse onde ele está", completou.
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