SSP-BA rebate Flávio Bolsonaro sobre Adriano: 'Tenta trazer dúvidas'
Resumo da notícia
- Senador publicou vídeo de suposta autópsia e documentos questionando laudos
- Filmagem não é reconhecida pelas perícias da Bahia ou do Rio de Janeiro
- Secretário acusa tentativa de "criar questionamento sobre trabalho não concluído"
A SSP-BA (Secretaria de Segurança Pública da Bahia) divulgou um vídeo no início na noite de hoje em que desmente as acusações feitas pelo senador Flávio Bolsonaro (sem partido) por meio de um vídeo que mostra o suposto corpo do ex-capitão do Bope (Batalhão de Operações Especiais) Adriano da Nóbrega durante um procedimento de autópsia.
A pasta diz que a filmagem, publicada no Twitter do parlamentar, não é reconhecida como autêntica pelas perícias da Bahia e do Rio de Janeiro. "As imagens não foram feitas nas instalações oficiais do Instituto Médico Legal. Então, nós temos a clara convicção de que isso é para trazer algum tipo de dúvida, de questionamento, a um trabalho que ainda não foi concluído", afirma o secretário da Segurança Pública da Bahia, Maurício Teles Barbosa.
Acusado de chefiar a milícia Escritório do Crime, Adriano morreu no último dia 9 em um confronto policial na zona rural de Esplanada, cidade a 170 quilômetros de Salvador.
Na publicação em seu Twitter, Flávio insinuou que o miliciano foi torturado antes de ser morto na operação realizada por forças de segurança baianas em conjunto com agentes de inteligência da Polícia Civil do Rio. E questionou: "Quem mandou matar Adriano?".
A hipótese, sustentada em reportagem publicada pela revista Veja, é descartada pela versão oficial —laudo de necropsia divulgado pelo DPT (Departamento de Polícia Técnica) da Bahia aponta que o miliciano foi morto por dois tiros de fuzil, disparados a, no mínimo, um metro e meio de distância.
O vídeo tem 21 segundos de imagens sem áudio. O cadáver é filmado de costas com uma etiqueta em que é possível ler 'Adriano Magalhães'. Embora contenha cenas fortes, o senador não avisa previamente sobre o conteúdo das imagens. Ele também não esclarece como teve acesso ao vídeo.
"Perícia da Bahia (governo PT), diz não ser possível afirmar se Adriano foi torturado. Foram 7 costelas quebradas, coronhada na cabeça, queimadura com ferro quente no peito, dois tiros a queima-roupa (um na garganta de baixo p/cima e outro no tórax, que perfurou coração e pulmões", escreveu Flávio.
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