Planalto anula nomeação feita por Regina Duarte para pasta da diversidade
O ministro-chefe da Casal Civil, general Walter Souza Braga Netto, decidiu anular a nomeação de Maria do Carmo Brant de Carvalho para a Secretaria da Diversidade Cultural, que integra a Secretaria Especial da Cultura agora comandada pela atriz Regina Duarte.
A nomeação de Maria do Carmo foi publicada pela manhã no Diário Oficial da União. No fim da tarde, porém, em edição extra, consta que a portaria foi suspensa.
"O ministro [...] resolve tornar sem efeito a Portaria nº 99, [...] referente à nomeação de Maria do Carmo Brant de Carvalho para exercer o cargo de Secretária da Diversidade Cultural da Secretaria Especial da Cultura do Ministério da Cidadania", diz a nova portaria publicada.
Maria do Carmo é doutora em Serviço Social pela PUC (Pontifícia Universidade Católica) de São Paulo e atua como consultora na Secretaria Municipal de Habitação de São Paulo e no Instituto Via Pública, além de ser membro do conselho executivo da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Social da cidade.
A escolha de Regina também foi secretária nacional de Assistência Social entre 2016 e 2019, durante os governos Dilma Rousseff (PT), Michel Temer (MDB) e Jair Bolsonaro (sem partido). Ela deixou a pasta em agosto do ano passado, sendo substituída por Mariana Neris.
Promessa de 'carta-branca'
Na última quarta-feira (4), quanto tomou posse, Regina Duarte discursou dizendo que lhe foi prometido "porteira fechada" e "carta-branca" para montar sua equipe. O presidente Jair Bolsonaro, por sua vez, disse que Regina teria relativa autonomia e está em avaliação, um "momento probatório".
"O convite que me trouxe até aqui falava em porteira fechada, carta-branca. Não vou esquecer, não [risos]. Foi com esses argumentos que eu me estimulei e trouxe para trabalhar comigo uma equipe apaixonada, experiente, louca para botar a mão na massa", disse a atriz.
Quando falou, Bolsonaro destacou que seus ministros têm liberdade de escolha, mas acrescentou que ele tem poder de veto. "Todos os meus ministros também receberam o seu ministério de porteira fechada. [...] Obviamente, em alguns momentos, eu exerço o poder de veto em alguns nomes. Já o fiz em todos os ministérios, para proteger a autoridade, que, por vezes, desconhece algo que chega ao nosso conhecimento", disse o presidente.
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