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Bolsonaro: 500 mil comprimidos de cloroquina serão produzidos por semana

Nesta foto de arquivo tirada em 26 de fevereiro de 2020, uma equipe médica mostra no Instituto de Infecção IHU Mediterranee em Marselha, um pacote de Nivaquine, comprimidos contendo cloroquina, um medicamento contra a malária comumente usado que mostrou sinais de eficácia contra o coronavírus, de acordo com a um estudo realizado em vários hospitais chineses. (Foto de GERARD JULIEN / AFP) - GERARD JULIEN/AFP
Nesta foto de arquivo tirada em 26 de fevereiro de 2020, uma equipe médica mostra no Instituto de Infecção IHU Mediterranee em Marselha, um pacote de Nivaquine, comprimidos contendo cloroquina, um medicamento contra a malária comumente usado que mostrou sinais de eficácia contra o coronavírus, de acordo com a um estudo realizado em vários hospitais chineses. (Foto de GERARD JULIEN / AFP) Imagem: GERARD JULIEN/AFP

Do UOL, em Sâo Paulo

30/03/2020 15h50

O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) afirmou hoje que laboratórios das Forças Armadas estão ampliando a produção de cloroquina para utilização contra o coronavírus.

"Laboratório químicos das Forças Armadas ampliam produção de cloroquina: Laboratório Farmacêutico da Marinha do Brasil , Laboratório Químico Farmacêutico do Exército e Laboratório Químico Farmacêutico da Força Aérea, todos localizados no Rio de Janeiro", disse o presidente nas redes sociais.

Segundo Bolsonaro, o Brasil conseguirá produzir cerca de 500 mil compridos por semana.

"As ações conjuntas do Ministério da Defesa permitirão acelerar a produção, de forma que sejam concluídos dois lotes por semana, o que representa cerca de 500 mil comprimidos", completou.

O Ministério da Saúde fez um alerta na semana passada sobre o uso do medicamento cloroquina no combate ao novo coronavírus.

O remédio sumiu de muitas farmácias desde que o presidente Jair Bolsonaro passou a divulgar informações de que o País estaria no caminho de encontrar uma medicação de combate ao vírus.

O secretário nacional de Vigilância em Saúde, Wanderson de Oliveira, disse que o uso da cloroquina pela população pode, na realidade, ter efeitos nocivos sobre a saúde.

"A cloroquina é um medicamento indicado em condições específicas, mas ele tem contraindicações. Pode ser tóxico em médio e longo prazo", afirmou à imprensa ontem.

"A cloroquina não é um medicamento para evitar a doença. Os estudos ainda estão sendo realizados. Estão seguindo um rito muito mais acelerado que o tradicional", disse o secretário.

A medicação, que é usada no combate à malária, vai ser produzida em larga escala e distribuída em hospitais de todo o País para ser testada em pacientes em situação grave. O Ministério da Saúde informou que serão liberadas 3,4 milhões para hospitais.