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FHC defende Mandetta e fim de interferência política em 'questões técnicas'

17.out.2018 - Fernando Henrique Cardoso durante discurso no Teatro CIEE, zona oeste de São Paulo - Felipe Rau/Estadão Conteúdo
17.out.2018 - Fernando Henrique Cardoso durante discurso no Teatro CIEE, zona oeste de São Paulo Imagem: Felipe Rau/Estadão Conteúdo

Do UOL, em São Paulo

09/04/2020 11h49

O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB) defende a permanência de Luiz Henrique Mandetta à frente do Ministério da Saúde.
Em entrevista à rádio Jovem Pan, FHC também falou que as interferências políticas podem ser negativas para a gestão da crise.

"É melhor que não haja politização em questões técnicas. Como que eu vou opinar se um remédio resolve ou não? Eu não tenho competência. Fazer isso atrapalha, cria zumbidos", afirmou.

Indiretamente, ele criticou a condução do presidente Jair Bolsonaro. "Ele não pode ser manda-chuva, mandar em tudo, porque isso atrapalha o bem-estar do povo". Para o ex-presidente, as decisões precisam ser divididas entre todos os níveis de poder.

FHC contou que não conhece o atual ministro da Saúde, mas que "ele tem capacidade de falar calmamente na televisão, no rádio. Seria um erro trágico mexer nisso agora", garantiu.

Na conversa, ele também defendeu o isolamento social, mas disse que isso precisa ser feito sem exagero. "Eu não sou radical, não defendo isolamento vertical ou horizontal. É preciso ter equilíbrio", disse.