Moro pede cuidado com abusos contra quem descumprir quarentena da covid-19
O ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, pediu hoje cuidado às autoridades no trato com as pessoas que descumprirem as medidas de isolamento social durante a pandemia do novo coronavírus.
Quase um mês após assinar uma portaria interministerial em conjunto com Luiz Henrique Mandetta (Saúde) que prevê responsabilização penal com possibilidade de prisão aos que não respeitarem a quarentena, Moro disse que o caminho requer diálogo e orientação.
"As pessoas têm seguir as orientações necessárias para debelar essa pandemia. E nós temos que tomar cuidado com exageros, com atos que possam configurar algum tipo de abuso. A portaria regula essas situações bastante específicas ali no caso da quarentena. Nós estamos colocando lá, principalmente, que é importante o diálogo, a orientação, seja a autoridade sanitária, polícia, orientar a pessoa a cumprir a medida (de segurança sanitária), esse é o melhor caminho", afirmou o ministro em entrevista transmitida ao vivo pelo site Jota.
Questionado sobre sua posição a respeito das medidas de isolamento social, que dividem o próprio governo federal, Moro afirmou que elas cabem às pessoas que estão trabalhando diretamente no enfrentamento da pandemia.
"São duas preocupações válidas, saúde e economia. Quando a gente fala de economia, não fala do PIB, está falando do emprego e da renda das pessoas. Agora, são necessárias igualmente medidas para prevenir a disseminação da doença. Então acho que quem deve dimensionar essas necessidades são as pessoas envolvidas no combate à pandemia, e não o ministro da Justiça e Segurança Pública", disse.
O ministro ainda disse que não se preocupa com índices de popularidade ao tomar medidas durante a crise do coronavírus e afirmou entender que possa receber críticas.
"Temos feito o nosso melhor e contando com a compreensão da população. Claro que tudo é sujeito a críticas. Mas, como eu disse, o importante é nós cuidarmos do dia a dia e pensarmos no futuro a médio prazo, longo prazo, para ver o que precisa ser feito. Não existe essa questão de preocupar com cobrança, preocupar com índice de popularidade, preocupar com outras coisas que não têm nada a ver com a gravidade desse momento", concluiu Moro.
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