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Primeira versão do plano Mansueto foi muito radical, diz Eduardo Gomes

Do UOL, em São Paulo

13/04/2020 13h18

O projeto de auxílio financeiro a estados e municípios frente à pandemia do novo coronavírus, proposto pelo secretário do Tesouro Nacional, Mansueto de Almeida, pode ter um impacto de até R$ 222 bilhões nas contas públicas em 2020. Mas a aprovação do chamado "Plano Mansueto" não é uma pauta-bomba entre os apoiadores do presidente da República, Jair Bolsonaro (sem partido).

A questão foi debatida hoje no UOL Debate. O programa reuniu os deputados federais Osmar Terra (MDB-RS), Carla Zambelli (PSL-SP), Major Vitor Hugo (PSL-GO), Coronel Tadeu (PSL-SP) e o senador Eduardo Gomes (MDB-TO).

Segundo Eduardo Gomes, havia uma expectativa pela aprovação do Plano Mansueto na última semana. No entanto, para o senador, a versão inicial do projeto era muito radical.

"É evidente que os estados passam por um momento diferenciado. Aquilo que o governo tem colocado desde o ano passado, 'menos Brasília e mais Brasil'. E isso ia avançar", disse.

"O que está sendo discutido é que realmente a gente vai ter que conciliar duas agendas, a de guerra e a de construção. O que a gente entende é que não pode ser o mesmo rigor fiscal da versão original do plano, mas é preciso em contrapartida um certo controle", acrescentou, indo além.

"A primeira versão foi muito radical, nem para um lado, nem para outro. É importante dizer que é difícil conseguir manchetes justas. Todas as matérias que o presidente colocou foram aprovadas por unanimidade."

Para Zambelli, em concordância, a questão está longe de ser "pauta-bomba".

"Muito pelo contrário", disse. "O Mansueto em si era para ter sido um plano de salvamento dos governos que estão falidos por conta do excesso de estado, com baixa arrecadação. Era para ser um plano de ajuda com contrapartida. O que aconteceu foi que eles elevaram essa ajuda de R$ 100 bilhões para R$ 180 bilhões, sem contrapartida."