Weintraub nega ser racista e minimiza quantidade de mortos por coronavírus
O ministro da Educação, Abraham Weintraub, falou sobre o pedido da Procuradoria-Geral da República pela abertura de um inquérito que investigue o crime de preconceito por suas declarações ofensivas dirigidas à China. Em entrevista para à rádio Guaíba hoje, ele também disse que irá manter a data do Enem, além de declarar que "a quarentena foi precipitada" ao minimizar a quantidade de mortes no Brasil devido ao coronavírus.
Em publicação no Twitter no início de abril, o ministro insinuou que o país asiático iria sair "fortalecido" da crise atual causada pelo coronavírus, sendo apoiado por "aliados no Brasil", mas apagou a publicação em seguida.
Em declaração à rádio, ele tentou justificar suas publicações e negou ter metido racismo.
"Pode ver minha cor, minha cor é escura. Eu sou um vira-lata, pé-duro. Eu não sou racista, minha história de vida mostra que eu não sou racista. Tenho vários amigos? Eu não tenho amigo 'negão' ou amigo chinês, eu tenho amigo. Ele pode ser de qualquer cor", disse.
Bolsonaro x Mandetta
O ministro deixou claro seu apoio ao presidente Jair Bolsonaro (sem partido) ao criticar as ações do ministro da Saúde Luiz Henrique Mandetta.
"O presidente está conduzindo bem, eu confio no presidente. É um time de 22 jogadores e, eventualmente, o presidente faz alguma substituição porque não está gostando do desempenho de um ou de outro", disse.
Ele ainda citou frase do americano Abraham Lincoln em sua crítica e minimizou o número de mortes devido ao coronavírus no país.
"Você pode enganar poucas pessoas durante algum tempo, mas você não consegue enganar todo mundo durante muito tempo. A verdade está aparecendo aí: a hidroxicloroquina funciona, essa quarentena foi precipitada, não tá aparecendo a pilha de mortos que tinham falado que iria aparecer", afirmou.
Enem
Weintraub também falou que as datas para a realização do Exame Nacional do Ensino Médio devem seguir o calendário programado pelo governo, nos dias 1º e 8 de novembro na modalidade presencial.
"O Enem é em novembro, é só em novembro. Você está me falando que a epidemia vai continuar até novembro e ninguém vai poder mais sair de casa? E o que acontece? Cinco milhões de jovens que fazem o vestibular ficam sem perspectiva?", questionou.
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