Após reunião com Lula, PT decide fazer campanha "Fora, Bolsonaro"
Após reunião com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o PT resolveu iniciar uma campanha pela cassação do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) - que participou de atos a favor de um golpe de Estado, intervenção militar e fechamento do Legislativo e do Judiciário. O lema será "pelo emprego, pela vida, pela democracia e 'Fora, Bolsonaro'", informou o líder da Oposição na Câmara, José Guimarães (PT-CE).
A reunião aconteceu nesta terça-feira (21) por meio de uma videoconferência com Lula, dois dias depois do ato de Bolsonaro. Ainda no domingo, Lula disse em rede social que a Constituição "tem mecanismos para impedir que ele [Bolsonaro] conduza o país ao esfacelamento da democracia e a um genocídio".
Segundo Guimarães, a presidente do partido, deputada Gleisi Hoffman (PT-PR), vai levar a decisão das bancadas de fazer a campanha à direção da legenda, mas é certo que o PT já tomou a decisão.
O ex-candidato à Presidência pela sigla, o ex-ministro da Educação Fernando Haddad, disse que Lula falou pouco, menos de dez minutos, apenas elogiando o que os parlamentares haviam dito antes. Mais de 60 pessoas estavam na reunião, contou.
Haddad destacou que o próprio Bolsonaro é quem consolidou uma ideia entre os petistas pela saída do presidente. "Acho que consolidoou no domingo... acho que a ideia é do Bolsonaro", disse ele ao UOL, rindo.
Hoje, Bolsonaro não seria cassado, admite líder
Porém, na avaliação de Guimarães, hoje, o presidente da República não seria cassado pelo Congresso. Haveria divisão de votos entre os que são a favor e contra o impeachment, o que livraria Bolsonaro da saída forçada do cargo.
No entanto, o líder da Oposição na Câmara defende a campanha para criar uma mobilização e reverter esse quadro parcialmente favorável ao presidente no Legislativo.
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