E. Bolsonaro nega que ele e irmãos sejam réus e estejam sendo investigados
O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL), filho de Jair Bolsonaro (sem partido), afirmou que ele e seus irmãos — o senador Flávio Bolsonaro (sem partido) e o vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos) — não estão são réus em nenhum processo e nem estejam sendo investigados.
Para ele, a grande mídia está criando uma narrativa para indicar que a escolha para o cargo de ministro da Justiça, após a saída de Sergio Moro, e para o diretor-geral da Polícia Federal (PF), depois da exoneração de Maurício Aleixo, seria por interesse dos filhos de Bolsonaro.
A expectativa é que Bolsonaro decida pela indicação do atual ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Jorge Oliveira, para assumir o Ministério da Justiça e Segurança Pública, e do atual diretor da Agência Brasileira de Inteligência, Alexandre Ramagem, para a direção-geral da Polícia Federal.
"Então, quero deixar bem claro. Não sou réu em nenhum processo. Tanto eu quanto o Carlos e o Flávio. E tão pouco estamos em investigação. O que existe é aquela CPMI da Fake News, aquele circo armado", disse o deputado em vídeo no Twitter.
"O presidente fará uma boa escolha, da sua confiança, que seja alinhada com a proposta presidencial, que foi corroborada com 57 milhões de votos. Queremos pessoas que estejam à frente da segurança pública que sejam armamentistas, que não fiquem fazendo média com a esquerda", completou.
Ontem, a Folha de S.Paulo afirmou que Carlos Bolsonaro é investigado em inquérito sigiloso conduzido pelo STF (Supremo Tribunal Federal) por supostamente articular a divulgação de informações falsas na internet.
Ele rebateu nas redes sociais e negou estar envolvido em esquema criminoso de disseminação da fake news. "E notaram que nunca falam que notícias seriam essas? É muito mais fácil apontar manipulação feita pela grande mídia", declarou o vereador do Republicanos por meio de sua conta oficial no Twitter.
As prováveis escolhas
Jorge Oliveira é filho do capitão do exército, Jorge Francisco, assessor de Bolsonaro por mais de 20 anos na Câmara, e hoje é um dos principais conselheiros do presidente.
O atual secretário-geral da Presidência convive com os filhos do chefe do Executivo e foi chefe de gabinete de Eduardo Bolsonaro até assumir a Secretaria de Assuntos Jurídicos da Presidência quando Bolsonaro foi eleito. Em junho do ano passado tornou-se ministro da Secretaria-Geral.
Já o nome de Ramagem vem sendo dado como certo para a direção-geral desde a sexta-feira. Neste domingo, o próprio presidente praticamente confirmou sua indicação ao defendê-la de críticas de uma seguidora no Facebook que criticava o fato do delegado ser amigo de seus filhos.
"E daí? Antes de conhecer meus filhos eu conheci o Ramagem (sic). Por isso deve ser vetado? Devo escolher alguém amigo de quem?", escreveu o presidente.
O delegado da PF foi chefe da segurança de Bolsonaro durante a campanha, assumindo depois do então candidato sofrer a facada em Juiz de Fora. Durante esse período, Ramagem tornou-se muito próximo dos filhos de Bolsonaro, especialmente de Carlos.
Em 2019, Ramagem foi colocado como assessor especial da Secretaria de Governo, quando o general Carlos Alberto dos Santos Cruz ocupava o cargo. Em julho do ano passado, foi indicado para assumir a direção-geral da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), e voltou a ter contato muito próximo com o presidente.
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