Doria diz que não vai negociar com Bolsonaro sanção do socorro aos estados
O governador de São Paulo, João Doria, disse hoje que não vai negociar com o presidente Jair Bolsonaro pela sanção do socorro aos estados, aprovado pelo Congresso Nacional.
"É lamentável, totalmente inaceitável que o presidente deseja fazer uma negociação perante uma medida que foi aprovada pelo Congresso e que deve ser colocada em prática. Não há nada a negociar, São Paulo não negociará nada", afirmou durante debate na Globo News. "O estado tem como objetivo defender a vida."
Doria criticou Bolsonaro por "proteger interesses pessoais, políticos e partidários". "É hora de ter responsabilidade e diálogo convergente", afirmou.
O presidente disse na última quinta-feira (14) que quer discutir com governadores e o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM), o veto a trecho do projeto de socorro a estados e municípios que congela reajuste de servidores até 2021.
"Ele [Maia] pretende, juntamente comigo, fazer videoconferência com governadores de todo o Brasil e ali sair compromisso no tocante a possível veto ou não de artigos desse projeto", afirmou Bolsonaro em frente ao Alvorada.
Bolsonaro disse que o ministro da Economia, Paulo Guedes, teme que parte dos R$ 60 bilhões aos estados e municípios previstos no projeto seja usada para reajustar salários de funcionários públicos.
O presidente disse ainda que fala "a mesma língua" de Maia nesse tema: "Está todo o mundo preocupado com a questão de gastos. Quase todos os prefeitos e os governadores estão no limite sobre a questão de gastos".
O presidente prometeu a Guedes que vetaria o trecho do projeto que blinda uma série de carreiras do congelamento, incluindo as de segurança pública.
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