'Inquérito político e ideológico', diz Carlos Bolsonaro após operação da PF
O vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos) se manifestou logo após a operação da Polícia Federal deflagrada na manhã de hoje para cumprir 29 mandados de busca e apreensão no inquérito das fake news que investiga ataques a ministros do STF (Supremo Tribunal Federal). O parlamentar criticou o inquérito e a investigação.
"O que está acontecendo é algo que qualquer um desconfie que seja proposital. Querem incentivar rachaduras diante de inquérito inconstitucional, político e ideológico sobre o pretexto de uma palavra politicamente correta? Você que ri disso não entendo o quão em perigo está!", escreveu o vereador carioca no Twitter.
Carlos faz referência à investigação conduzida pelo ministro Alexandre de Moraes no STF. O processo ficou conhecido como inquérito das fake news e motivou hoje uma operação da PF que mirou parlamentares, empresários e blogueiros envolvidos na propagação de notícias falsas contra autoridades e ao próprio STF.
Entre os alvos da operação estão o ex-deputado federal Roberto Jefferson (PTB), o deputado estadual Douglas Garcia (PSL-SP), a ativista Sara Winter, o blogueiro Allan dos Santos e o empresário Luciano Hang, dono da rede de lojas Havan.
Segundo o jornal Folha de S. Paulo, Carlos Bolsonaro foi identificado pela PF como um dos articuladores da suposta rede de fake news. O vereador nega a informação.
Irmão também questiona inquérito
As ordens judiciais que estão sendo cumpridas no Distrito Federal, Rio de Janeiro, São Paulo, Mato Grosso, Paraná e Santa Catarina também motivaram questionamentos de outro filho do presidente Jair Bolsonaro, o deputado federal Eduardo (PSL).
O parlamentar deu a entender que o prosseguimento do inquérito acontece por vontade pessoal do ministro Alexandre de Moraes, que estaria fazendo um processo "judicialiforme", termo que remete a um inquérito com acusação e julgamento feitos pela mesma pessoa.
"Esse não é aquele inquérito que a PGR Raquel Dodge pediu para arquivar mas o Ministro do STF Alexandre de Moraes não permitiu e deu continuidade?", questionou Eduardo. "Achei que não existisse processo judicialiforme no Brasil... Não é o MP/PGR titular da ação penal?", completou o deputado.
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