'Precisamos voltar a prestigiar o jornalismo profissional', diz Aras
O procurador-geral da República, Augusto Aras, defendeu na manhã de hoje o fortalecimento do jornalismo profissional como forma de combater as notícias falsas e ressaltou a necessidade de responsabilizar quem abusa do direito de informar.
As declarações foram feitas durante o seminário "Liberdade de Imprensa: Justiça e Segurança de Jornalistas", promovido pela Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji), realizado de forma virtual.
"Vivemos a era das fake news. A solução para isso é voltar a prestigiar o jornalismo profissional, que tem uma grande responsabilidade social. Hoje, um dos nossos maiores problemas é a desinformação como método, como promoção da ignorância, da incivilidade e isso não podemos aceitar", afirmou Aras.
O PGR também citou os recentes fatos envolvendo ameaças e agressões a jornalistas que cobrem política em Brasília ao defender o jornalismo profissional e disse que o país vive uma crise decorrente do embate entre a liberdade de expressão e o abuso do direito de informar.
"Existe a boa imprensa profissional, que devemos velar. Essa imprensa que se manifesta ao longo da história do nosso país buscando se fortalecer no contexto dos fatos, buscando fazer a crítica ponderando no ambiente factual. E existem aqueles que se dizem jornalistas e que usam de blogs para ocupar espaço no ambiente da internet e que colocam verdadeiras aleivosias, que incitam a violência coletiva, em particular de certas autoridades ou mesmo de cidadãos e que merecem todo o nosso reproche."
Além de Aras, os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes e Luís Roberto Barroso também participaram do evento.
Em sua fala, o ministro Moraes destacou a importância e o desafio institucional de assegurar a liberdade de expressão, mas ressaltou: "A Constituição Federal autoriza a responsabilização se a matéria jornalística for dolosamente mentirosa, direcionada para macular a honra, para influenciar resultados eleitorais".
Já Barroso mencionou que a solução para combater fake News passa pelo engajamento entre plataformas digitais, imprensa e sociedade.
"As plataformas têm de ser parceiras da Justiça Eleitoral para defender a sociedade de milícias digitais que em vez de participar do debate estão lá para proliferar o ódio em vez da disputa pelo melhor argumento", declarou.
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