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Alckmin: Perfil autoritário de Bolsonaro na presidência "é grande equívoco"

Geraldo Alckmin (PSDB) - Reprodução/GloboNews
Geraldo Alckmin (PSDB) Imagem: Reprodução/GloboNews

Colaboração para o UOL

02/06/2020 23h05Atualizada em 03/06/2020 17h08

O ex-governador de São Paulo Geraldo Alckmin (PSDB) conversou hoje à noite com o apresentador Fábio Porchat em uma live transmitida por meio do Instagram. O médico, candidato às eleições presidenciais em 2018, fez críticas ao presidente da República, Jair Bolsonaro (sem partido), e disse que esperava "responsabilidade" de sua gestão.

Ele diz que, depois das eleições, em que Bolsonaro derrotou Fernando Haddad (PT) no segundo turno, parabenizou o presidente eleito.

"Fui ao Palácio do Planalto, quando era presidente do meu partido, e desejei sucesso. [Pensei,] aquele deputado meio histriônico agora, presidente da República, irá mudar. Agora tem responsabilidade. Mas, infelizmente, a gente vê que o perfil autoritário é um grande equívoco. Hoje, se fizer uma crítica ao governo, é ameaçado. A política é civilidade, não é dessa forma."

Ele criticou, ainda, as declarações pró-armamentistas de Bolsonaro. "Quem tem de estar armado é o profissional. É o policial. Você não deve armar a população civil, a não ser em zona rural. (...) Não tem sentido você armar a população, como foi dito na reunião [ministerial de 22 de abril], para derrubar prefeito e governador. É inimaginável."

Ele comentou ainda as manifestações antirracismo que chegam ao oitavo dia nos Estados Unidos, em razão da morte de George Floyd, segurança negro, ao ser detido por um policial branco.

"O que houve nos Estados Unidos é estarrecedor. (...) É muito importante o respeito à pessoa humana. Nós estamos vivendo, em alguns momentos no mundo e aqui no Brasil, um retrocesso civilizatório. O que nos conforta é que a população foi à rua para dizer que isso é abominável."