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Bolsonaro: não conversarei com Witzel, vocês sabem onde ele estará em breve

Do UOL, em São Paulo e em Brasília

03/06/2020 09h00

O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) disse hoje que não vai conversar com o governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel (PSC), ao ouvir um apoiador reclamar da atuação do chefe do Executivo fluminense.

Sem ser direto, ele respondeu "vocês sabem onde ele brevemente estará" —insinuando que o governador estaria sujeito a uma ordem de prisão no âmbito de investigações da Polícia Federal e do Ministério Público do estado, que apura desvios na área da saúde.

"Não vou conversar com o Witzel, até porque brevemente já sabem onde ele deve estar, né? Só estou ouvindo aqui, Não tenho poder de resolver tudo. Sou eu sozinho aqui. Tem um sistema pela frente, mas vai chegar um ponto que vai ultrapassar o limite de muita gente aí", disse, em conversa transmitida em suas redes sociais.

Na última semana, WItzel foi alvo da Operação Placebo. Foram cumpridos mandados de busca e apreensão no Palácio das Laranjeiras, na residência pessoal do governador e em um endereço ligado à mulher de Witzel. O governador alega inocência e se diz perseguido. Pedidos de impeachment foram protocolados por deputados da Assembleia estadual.

No encontro com apoiadores, Bolsonaro estendeu as críticas a outros governadores e prefeitos, sem citar nomes, ao ouvir reclamações da atuação local no combate ao novo coronavírus.

"Tem governador, prefeito, vocês votaram neles também. Não vou falar o que fazer, às vezes votam na boa fé e eles fazem besteira muitas vezes. Estou escutando, não vai ser deletado da minha cabeça, mas não posso resolver tudo não", disse.

Bolsonaro ainda voltou a criticar medidas de isolamento social, dizendo que a distribuição do auxílio-emergencial em evitado que a crise se agrave no Brasil. ". Se não fosse os R$ 600 reais, Brasil já tinha entrado em crise", disse.

Medidas de isolamento foram adotadas por governadores e prefeitos seguindo orientações da Organização Mundial de Saúde (OMS) e de epidemiologistas que apontam o distanciamento social como única forma efetiva de controlar a disseminação do novo coronavírus e evitar colapso em sistemas de saúde.