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Bolsonaro posta foto de boneco e questiona "turma que respeita democracia"

Boneco de ponta cabeça com a representação da faixa presidencial no Largo da Batata  - ANDERSON LIRA/ESTADÃO CONTEÚDO
Boneco de ponta cabeça com a representação da faixa presidencial no Largo da Batata Imagem: ANDERSON LIRA/ESTADÃO CONTEÚDO

Do UOL, em São Paulo

08/06/2020 07h09Atualizada em 08/06/2020 09h16

O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) postou, em seu perfil de Facebook, a foto de um boneco pendurado de ponta cabeça com uma faixa presidencial no peito para questionar os manifestantes que participaram do ato contra o seu governo realizado ontem no Largo da Batata, em São Paulo.

Este protesto isolado foi compartilhado nas redes sociais e também foi registrado por fotógrafos que estavam trabalhando no ato. Não há confirmação da autoria.

"Essa é a turma que respeita a Democracia e as Instituições", escreveu no post.

Uma semana após atos a favor e contra o governo entrarem em confronto na Avenida Paulista, ontem a capital foi palco de dois protestos pacíficos que ocorreram em locais separados, com os opositores concentrados no Largo da Batata (Pinheiros).

Houve confusão apenas na dispersão do ato contrário ao presidente, com um tumulto entre policiais e um grupo de manifestantes. Bombas de efeito moral, gás lacrimogêneo e balas de borracha foram utilizadas.

A declaração de Jair Bolsonaro nas redes sociais ocorre depois de uma semana em que o presidente, por seguidas vezes, questionou os manifestantes autodenominados "antifascistas". Ele chegou a chamá-los de "terroristas", "marginais", "maconheiros" e "desocupados", citando o ato da semana anterior em São Paulo.

"Estamos assistindo agora grupos de marginais, terroristas, querendo se movimentar para quebrar o Brasil. Esses marginais tiveram uma ação em São Paulo, esses terroristas voltaram logo depois para alguma ação em Curitiba, estão nos ameaçando", declarou ele.

"Geralmente são marginais, terroristas, maconheiros, desocupados que não sabem o que é economia, não sabem o que é trabalhar para ganhar seu pão de cada dia. Querem quebrar o Brasil em nome de uma democracia que eles nunca souberam o que é e nunca zelaram por ela."