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Bolsonaro diz que "forças nada ocultas" tentam atrapalhar governo

O presidente Jair Bolsonaro na rampa do Palácio do Planalto, em Brasília - Edu Andrade/Fatopress/Estadão Conteúdo
O presidente Jair Bolsonaro na rampa do Palácio do Planalto, em Brasília Imagem: Edu Andrade/Fatopress/Estadão Conteúdo

Do UOL, em São Paulo

08/06/2020 08h17Atualizada em 08/06/2020 09h19

Sem ser específico sobre ao que se referia, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) postou mensagem em suas redes sociais dizendo que "forças nada ocultas" tentam atrapalhar o governo. Na postagem, o chefe do Executivo ainda diz que essas forças são apoiadas por parte da mídia.

"Ao lado disso forças nada ocultas, apoiadas por parte da mídia, açoitam o presidente das mais variadas formas para deslegitimá-lo ou atrapalhar a governança", escreveu, depois de fazer uma defesa de suas medidas econômicas durante a pandemia do novo coronavírus.

Na mensagem, Bolsonaro repetiu o discurso de que as medidas restritivas ficaram sob encargo de governadores e prefeitos por decisão do STF (Supremo Tribunal Federal), sendo que desta maneira, em sua visão, a responsabilidade pelos efeitos econômicos não podem ser creditadas a ele.

O presidente já tinha traçado esta mesma linha de discurso em conversa com apoiadores ontem, na qual disse que espera um aumento "enorme" no número de desempregados por causa do isolamento social para controle da pandemia.

"Lembro à Nação que, por decisão do STF, as ações de combate à pandemia (fechamento do comércio e quarentena, p.ex.) ficaram sob total responsabilidade dos Governadores e dos Prefeitos", escreveu.

"O Presidente da República alocou centenas de bilhões de reais não só para combater o vírus, bem como para evitar o desemprego. Cada mês pago do auxílio emergencial de R$ 600,00 corresponde a despesa na ordem de R$ 40 bilhões para a União", completou.

Desde o início da pandemia, Bolsonaro tem se posicionado contra medidas de isolamento social implementadas por governadores e tem defendido uma política de combate à covid-19 que leve mais em conta aspectos econômicos.

As medidas de distanciamento social são apontadas por epidemiologistas e cientistas de todo o mundo como única forma eficaz de controlar a disseminação do novo coronavírus e, assim, evitar a sobrecarga dos sistemas de saúde.

No momento, governos de diferentes estados têm colocado em prática protocolos de flexibilização da quarentena.

O governo Bolsonaro teve início em 1º de janeiro de 2019, com a posse do presidente Jair Bolsonaro (então no PSL) e de seu vice-presidente, o general Hamilton Mourão (PRTB). Ao longo de seu mandato, Bolsonaro saiu do PSL e ficou sem partido até filiar ao PL para disputar a eleição de 2022, quando foi derrotado em sua tentativa de reeleição.