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Marcos Pontes diz que ficou sabendo no dia que perderia parte do ministério

Ministro perdeu parte da sua pasta com a recriação do Ministério das Comunicações - Kleyton Amorim/UOL
Ministro perdeu parte da sua pasta com a recriação do Ministério das Comunicações Imagem: Kleyton Amorim/UOL

Do UOL, em São Paulo

12/06/2020 09h16Atualizada em 12/06/2020 11h13

O ministro de Ciência, Tecnologia e Inovações, Marcos Pontes, afirmou hoje que ficou sabendo apenas no próprio dia que a sua pasta perderia parte das atribuições com a recriação do Ministério das Comunicações. O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) anunciou a recriação da pasta na quarta-feira (10) e nomeou o deputado federal Fábio Faria (PSD-RN), que é genro de Silvio Santos, para chefiá-la.

"Fiquei sabendo no dia, conversando com o presidente", disse Pontes em entrevista à CNN Brasil. "Estou aqui para cumprir essa missão junto com o presidente", acrescentou.

Pontes admitiu que a mudança aconteceu porque o Palácio do Planalto vinha enxergando a comunicação do governo como deficiente. Essa responsabilidade é da Secom (Secretaria Especial de Comunicação Social), que estava atrelada à Secretaria de Governo e agora será incorporada ao ministério recriado por Bolsonaro.

"É importante destacar a diferença entre comunicação social, que era um ponto bem deficiente, a cargo da Secom junto com a EBC (Empresa Brasil de Comunicação), era realmente um setor que estava deficiente. Agora a parte de comunicações técnicas estava excelente, anda muito bem", afirmou Pontes, valorizando o trabalho que continua a cargo do seu ministério.

"É bom que o ministério está extremante bem organizado, as duas secretarias que estão sendo transferidas (Telecomunicações e Radiodifusão), assim como a Anatel, Correios e Telebras, estão super bem estruturadas. Temos várias entregas prontas para esse momento, ele (Fábio Faria) já entra com possibilidade e muita coisa para ele entregar nesse setor", disse.

Pontes afirmou que está "tranquilo" quanto à mudança e que não se sentiu ameaçado no cargo pela decisão de Bolsonaro, com quem diz ter uma amizade de mais de 20 anos. No entanto, o ministro admitiu que não sabe como funcionará a incorporação da comunicação do governo a uma pasta com atribuições mais técnicas da área.

"Trazer os dois juntos é um tipo de inovação que confesso que não sei como o ministro vai coordenar, mas vou dar todo o apoio técnico para ajudar que ele faça essa fusão", concluiu o ministro.