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Zema: O que há errado no país é culpa do povo por terceirizar política

Do UOL, em São Paulo*

17/06/2020 12h02

Resumo da notícia

  • Governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo) participou do UOL Entrevista
  • Para ele, política no Brasil sempre foi historicamente ligada a escândalos
  • Zema acredita que população buscará opção de centro para as eleições de 2022
  • Ele diz: "Extremismo e o radicalismo não prosperam a médio e longo prazo"

O governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), afirmou hoje, durante participação no UOL Entrevista, que falta participação política no Brasil e que muito do que acontece de errado no país é responsabilidade da própria população que, em sua avaliação, "terceirizou a política".

Em conversa com o colunista do UOL Josias de Souza, ele disse que a política no país sempre foi historicamente ligada a escândalos e que, por isso, passou a ser vista "quase como uma atividade criminosa", o que, para ele, acaba por afastar "boas pessoas" da vida pública.

"Precisamos lembrar que o nosso futuro depende de uma política ética, transparente, de instituições fortes. Sempre levo esse recado: muito do que acontece e aconteceu de errado é culpa do próprio povo que terceirizou a política. Eu tinha essa visão e não podemos ter. Ninguém precisa ser candidato, mas apoie e acompanhe tal candidato, ajude ele, essa participação das pessoas vai aumentar a régua para os políticos. Já melhorou, mas está longe do ideal", analisou.

'Extremismo e radicalismo não prosperam'

Questionado se acredita que as pessoas buscarão uma alternativa de centro para as eleições de 2022, diante do atual cenário com extremos políticos, Zema disse que sim, acrescentando que "o extremismo e o radicalismo não prosperam a médio e longo prazo" e que acredita que o equilíbrio entre os Poderes prevalecerá.

Falta o equilíbrio. O que nós estamos vendo são pessoas que se apoiam determinados grupos são considerados fascistas, e pessoas que se apoiam em outro grupo são considerados comunistas. Precisamos ter um equilíbrio, um meio do caminho. Há um campo aberto. Extremismo nunca prevaleceu.

"Ninguém é dono absoluto da razão. Todo extremismo traz consequências ruins para a sociedade, a história demonstra isso. Mas temos instituições democráticas fortes e estou otimista que o equilíbrio entre os Poderes há de prevalecer e resolver esses problemas", disse ele.

* Texto de Alex Tajra, Ana Carla Bermúdez, Bruno Madrid e Stella Borges. Produção de Diego Henrique de Carvalho