Zema critica troca de ministros durante pandemia: "Momento inoportuno"

O governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), disse hoje, durante participação no UOL Entrevista, que a troca de ministros da Saúde aconteceu num momento "inoportuno" por causa da crise provocada pelo novo coronavírus.

Desde o início da pandemia, a pasta já foi comandada por três ministros: Luiz Henrique Mandetta, Nelson Teich e, agora, por Eduardo Pazuello.

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Questionado pelo colunista do UOL Josias de Souza se essas trocas trouxeram prejuízos para a gestão da crise, Zema disse acreditar que, num momento de crise, a equipe deve ser mantida à frente dos processos.

É o momento menos adequado para se fazer trocas, a não ser que seja alguém despreparado, que não era o caso do Mandetta, que tem boa aprovação popular. A troca veio no momento inoportuno. Na hora da tempestade é a hora da tripulação ter apoio, e não ser substituída.

Falta de coordenação nacional

O governador mineiro avaliou ainda que a falta de um protocolo único para os estados e municípios fez com que alguns mais bem estruturados tivessem condição de implantar melhores práticas no combate à covid-19.

"Uma coordenação nacional teria ajudado em muito o Brasil (...) Caso o governo federal tivesse assumido essa frente, poderíamos estar numa situação melhor em alguns estados. Vários estados, como os do Sul, que estão entre os melhores do Brasil por serem melhor estruturados. Outros sofreram bastante", afirmou.

"Um momento extraordinário como esse exigiria uma coordenação extraordinária, que se criasse reunião de secretários de Saúde. O esforço ficou pulverizado e sujeito a diferentes práticas. Isso acabou prejudicando", acrescentou.

*Texto de Alex Tajra, Ana Carla Bermúdez, Bruno Madrid e Stella Borges. Produção de Diego Henrique de Carvalho