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Jornal: Alerj pagou R$ 442 mil de auxílio-alimentação para Queiroz e outros

Flávio Bolsonaro (à esquerda) e seu ex-assessor Fabrício Queiroz - Reprodução/Instagram
Flávio Bolsonaro (à esquerda) e seu ex-assessor Fabrício Queiroz Imagem: Reprodução/Instagram

Do UOL, em São Paulo

23/08/2020 10h32

Ex-assessores do senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ) quando ele era deputado estadual na Alerj (Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro), Fabrício Queiroz, sua família e parentes do miliciano Adriano da Nóbrega receberam ao menos R$ 442,8 mil em auxílio-alimentação à época em que eram servidores do gabinete. A informação é do jornal O Globo.

Como o auxílio-alimentação é depositado diretamente na conta do servidor, não há registro dos valores ou desconto nos contracheques. Os dados de quanto cada funcionário recebia de auxílio —isto é, por fora do salário— foram obtidos pelo jornal por meio da Lei de Acesso à Informação.

De acordo com o jornal, além de Queiroz, receberam auxílio-alimentação a sua mulher, Márcia Aguiar, suas filhas, Nathália e Evelyn, e também a enteada, Evelyn Mayara. Juntos, Queiroz e seus familiares receberam ao menos R$ 338 mil.

O valor, no entanto, pode ser maior, informa O Globo. Isso porque a Alerj só tem informações individuais sobre o benefício a partir de 2011, e Queiroz, Márcia e Nathália foram nomeados em 2007. De acordo com o jornal, houve meses em que o benefício pago a Queiroz chegou a R$ 2.740,50.

Já os familiares do miliciano e ex-capitão do Bope Adriano da Nóbrega receberam, juntos, R$ 104,7 mil em auxílio-alimentação. Receberam o benefício a ex-mulher de Adriano, Danielle Mendonça, e a mãe do miliciano, Raimunda Veras. Esse valor também pode ser maior, já que Danielle também foi nomeada em 2007 -ela ficou 11 anos empregada no gabinete de Flávio.

O MP-RJ (Ministério Público do Rio de Janeiro) suspeita que Danielle e Raimunda eram, na verdade, funcionárias fantasmas.